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Humanização do parto: questões étnicas e raciais em debate

Capa-nascerO BoletIN registrou, com exclusividade, uma conversa entre Luis Eduardo Batista, do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, Maria Lúcia da Silva (Instituto Amma, Psique e Negritude) e Dra. Maridite Oliveira, diretora do Hospital Geral de São Matheus sobre o recém-lançado livro “Nascer com Equidade”, tem como objetivo relatar os resultados do projeto “Humanização do parto e nascimento: questões étnico/racial e de gênero”. Em pauta, os desafios da pesquisa, sensibilização profissional e Rede Cegonha.

O Instituto de Saúde (IS) da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) lançou o 11° volume da coleção “Temas em Saúde Coletiva”, organizado pelos pesquisadores Suzana Kalckmann e Luiz Eduardo Batista, ambos do Instituto de Saúde, Cláudia Medeiros de Castro e Tânia Di Giacomo do Lago, assessoras técnicas da Saúde da Mulher da SES/SP, e Sandra Regina de Souza, do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de São Paulo (CONDECA). O livro, intitulado “Nascer com Equidade”, tem como objetivo relatar os resultados do projeto “Humanização do parto e nascimento: questões étnico/racial e de gênero”, desenvolvido pelo Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, junto ao Instituto Amma – Psique e Negritude, realizado no Hospital Geral de São Mateus (HGSM), em São Paulo (SP), e busca evidenciar a possibilidade de uma instituição pública hospitalar repensar sua assistência às mães e seus filhos, fornecendo um atendimento de qualidade.

O projeto baseou-se em dados do Núcleo de Inovação da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da SES/SP, que, em 2005, chamou a atenção para o fato de as mulheres negras morrerem de seis a dez vezes mais que as brancas, no que se refere a óbitos por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. Esse cenário, até então desconhecido, passou a obter um cuidado especial do Comitê Técnico da Saúde da População Negra do Estado, que, por sua vez, criou o Grupo Técnico de Ações Estratégicas (GTAE) para coordenar a realização do projeto junto às Áreas Técnicas Saúde da População Negra e Saúde da Mulher.

Como resultado de todo este processo, o livro “Nascer com Equidade” busca, em um primeiro momento, relatar, por meio de textos escritos pelos próprios participantes do processo, inclusive dos Cursos de Capacitação, a experiência realizada no hospital. Em seguida, a obra narra o desenvolvimento do projeto. Em seu conteúdo, a publicação disponibiliza, ainda, todo o material utilizado nas diferentes fases do trabalho, como folder, cartazes, fichas para registros do quesito cor e, também, a Portaria n°922, do Ministério da Saúde (MS), que institui a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, além da publicação “Perspectivas da Equidade no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal – Atenção à Saúde das Mulheres Negras”., também do MS. O livro traz, ainda, um DVD com o vídeo “Questões Ético/Raciais, Parto e Nascimento” e as apresentações utilizadas nas aulas de formação desenvolvidas no hospital.

O BoletIN Lappis registrou, com exclusividade, uma conversa entre o organizador da publicação, Luis Eduardo Batista, do Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Estado de São Paulo, Maria Lúcia da Silva (Instituto Amma, Psique e Negritude) e Dra. Maridite Oliveira, diretora do Hospital Geral de São Matheus.

Confira o resultado dessa conversa nas próximas páginas

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