Extra! Extra! O Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) acaba de colocar na praça mais um boletim informativo. A exemplo do“Fala Rua” (MG), “Trecheiro” (SP) e “Aquarela” (RS), agora é Vitória quem ganha o “Tá na Rua”, veículo mensal impresso distribuído gratuitamente na rua, no comércio e dentro dos abrigos, bem como através das redes sociais.
A primeira edição com data de junho traz a agenda de luta e campanhas, as conquistas do Movimento no Espírito Santo, bem como uma matéria que apresenta o MNPR. Pelo boletim, fica-se conhecendo, por exemplo, o dado alarmante de que, em menos de cinco meses, cinco moradores de rua foram queimados vivos na região e que, para denunciar esse tipo de crime e outros abusos, está disponível o Disk 100.
“Vimos que, em Belo Horizonte, por exemplo, o boletim era uma forma de informar sobre os acontecimentos da rua e do Movimento Nacional de População de Rua e ainda uma forma de aproximar toda a população de rua do estado”, disse ao BoletIN Adjeferson, coordenador do MNPR no Espírito Santo. De acordo com ele, os moradores de rua participaram de toda a elaboração do “Tá na Rua”, pensando a pauta na reunião mensal que o grupo faz na praça, discutindo desde o nome do boletim informativo até o conteúdo, as fotos e quais entidades entrariam como parceiras. “A recepção ao ‘Tá na Rua’ tem sido bem positiva pois todos comentaram. Isso vem dando muita visibilidade ao movimento não só no estado mas também no Brasil”, comemora.
Para Adjeferson, esse instrumento de comunicação ajuda na construção da cidadania da população de rua. “Queremos que a população de rua seja protagonista de sua própria história. Somos cidadãos de direitos e deveres e não podemos deixar nossos direitos serem violados por uma sociedade que nos marginaliza e por um estado omisso que não efetiva as políticas públicas voltadas para a população de rua”, reforça.
São apoiadores do “Tá na Rua” a AMARIV (Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis da Ilha de Vitória), o CDDH (Centro de Defesa de Direitos Humanos), a EMEF EJA Admardo Serafim de Oliveira, a Mitra Arquidiocesana de Vitória, a ONG Coletivo Fazendo Direito e o projeto Andarilhos, da Universidade Federal do Espírito Santo.
O Andarilhos é um projeto de extensão coordenado pela professora e pesquisadora Ana Heckert, juntamente com a mestranda Gilderlândia Kunz (Gil), no Programa de Pós-graduação em Psicologia Institucional da UFES. O projeto teve início no ano passado e foi proposto por dois estudantes de graduação em psicologia. Hoje, conta com seis estudantes de psicologia e um de terapia ocupacional.
Para outras informações e contatos sobre o “Tá na Rua”, o endereço eletrônico é: movimentopoprua.es@hotmail.com
Seja o primeiro a comentar