Na segunda-feira 10/11, pela manhã, teve início o “Simpósio de Atenção Básica e Integralidade” em que se reuniram estudantes, profissionais e representantes de diversas instituições como IMS/UERJ, ISC-UFF, EPSJV-FIOCRUZ, UFJF, UFMT, UFAC, OPAS, NUCEM/UFPE e Ministério da Saúde. O evento, que tem por finalidade otimizar os trabalhos divulgados pelos pesquisadores e trazer à luz debates fecundos no âmbito do cuidado, atenção básica e integralidade, se apresenta como mais uma oportunidade de trocar e agregar conhecimento do ponto de vista acadêmico e social.
Para dar início às atividades, o diretor do Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Cid Manso, falou da questão da atenção básica, vinculada à preocupação com a eficiência na busca por um sistema avaliativo tendo em vista a importância das políticas sociais na saúde: “O sistema deve ser eficiente, dada a escassez do produto. A relação da atenção básica em um processo de integralidade é um grande avanço”, informou.
A coordenadora do Lappis, Roseni Pinheiro, agradeceu a equipe de pesquisadores e instituições presentes, além declarar a importância do público, que em sua maioria era composto por profissionais e estudantes. “Este é o foco que se enfatiza, pois este Simpósio nada mais é do que uma aposta no futuro. Trata-se do cumprimento da tarefa social da universidade e um compromisso firmado com a sociedade”, afirma. Logo em seguida, o médico de família e professor da Universidade Federal do Acre (UFAC) Rodrigo Silveira falou da parceria existente entre a universidade da qual pertence e o Lappis, reiterando a importância dos três anos de trabalho e aprendizado na área das práticas avaliativas vivenciados até então.
Para a pesquisadora Maria Angélica Spinelli da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), a contribuição de sua pesquisa para o evento vem da rica experiência adquirida na universidade onde atua e se posiciona sob uma perspectiva institucional e de contribuição com o fortalecimento da pós-graduação, tendo em vista a aposta nos grupos de pesquisa.
Isabel Brasil, representante da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV-Fiocruz), apresentou três eixos temáticos dos quais se destinam seus estudos: pesquisa, ensino e trabalhos. Ela salientou ainda que “é preciso difundir conhecimentos para depois transmiti-los. As atividades na Escola Politécnica se destinam à busca do pensar a integralidade como educação. Essa é a nossa missão”, enfatiza.
Nesse mesmo contexto, Aluísio Gomes da Silva Jr., do Instituto de Saúde da Comunidade (ISC) da Universidade Federal Fluminense (UFF), comentou a satisfação de estar presente no simpósio e festejou a bem-sucedida parceria entre Lappis e ISC. O pesquisador falou ainda da importância da questão da atenção básica e dos pesquisadores que segundo ele “fazem brotar um ambiente fecundo de discussões em que se procura diálogos onde não se deseja dialogar”. Já o pesquisador Nilton Lemos, da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), lembrou o impacto que faz gerar a integralidade e a busca por novos modelos, apontando a importância da atenção básica no âmbito da saúde pública.
A expositora Daria Paes, do Núcleo de Cidadania (NUCEM) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), comentou o fato de a universidade estar em rede e ter uma relação intensa com os serviços de saúde: “Embora haja diversidade, temos o desafio de ampliar a capacidade de construção de saúde, embora existam dificuldades de pensar as práticas de políticas públicas. Desafio que cria perspectivas e um olhar avaliativo”.
E por fim, Claunaura Schilling, representante do Ministério da Saúde, apontou o caráter polissêmico da integralidade destacando as necessidades de alinhamento conceituais: “O importante não é só fazer pesquisas isoladas sob sua própria perspectiva, e sim dividi-las”.
Seja o primeiro a comentar