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Saiba mais sobre o I Simpósio de Práticas Integrativas em Saúde do Vale do São Francisco (PIS do Vale), que acontecerá em novembro

PIS-300x271A UNIVASF (Universidade Federal do Vale do São Francisco) em parceria da UPE (Universidade de Pernambuco) promovem o I Simpósio de Práticas Integrativas em Saúde do Vale do São Francisco (PIS do Vale), que vai acontecer nos dias 03 a 05 de novembro de 2011, no Espaço Multieventos da UNIVASF, em Juazeiro (BA). Este evento será um espaço de formação, qualificação e diálogo sobre práticas integrais de cuidados a saúde. O BoletIN conversou com Alexandre Franca Barreto, Mestre em Antropologia e Professor do Colegiado de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco, um dos idealizadores do evento, sobre as principais questões e desafios para as práticas integrativas em saúde.

A ideia de organizar um simpósio com o tema das práticas integrativas surgiu no início de 2010, um grupo de docentes e profissionais de Juazeiro (BA) com formações diversas no campo da saúde se uniu para formular uma compreensão epistemológica e prática de cuidado sistêmico e holístico como componente disciplinar das graduações em saúde. A iniciativa envolveu médicos com especialidade em homeopatia e acupuntura, fisioterapeuta acupunturista, psicólogos que trabalhavam com práticas psicocorporais, farmacêuticos que atuam com etnofarmacologia e fitoterapia, e até uma docente da Física, além de um psicólogo que trabalha com história oral e valorização do saber e das práticas tradicionais de cuidado.

alexandre_barreto“Os maiores desafios das práticas integrais de cuidado com a saúde caminham similarmente aos desafios que temos de conseguir um cuidado íntegro da saúde. Apesar de todos os avanços sociais, ainda buscamos uma efetivação do cuidado integral”, disse Alexandre Franca Barreto, Mestre em Antropologia e Professor do Colegiado de Psicologia da Universidade Federal do Vale do São Francisco. “Organizamos um grupo de pesquisa e começamos a receber estudantes de cursos da Psicologia e Medicina (a princípio) para ter uma visão ampliada de formas de cuidado. Antes deste encontro de docentes e profissionais, não havia um componente disciplinar na graduação destes cursos para aprofundar esses conhecimentos”.

O grupo recebe uma média de 40 estudantes por semestre. Até o momento, os cursos de Psicologia e Medicina que encaminharam mais alunos. “O simpósio veio como uma maneira de expandir este debate envolvendo em maior quantidade a comunidade acadêmica e os serviços públicos de saúde local, que já se beneficiaram com algumas ações de extensão e pesquisa que estamos realizando”.

Psicólogo e professor, Alexandre Franca Barreto afirma que sua formação “híbrida e interdisciplinar” lhe possibilitou olhar para os processos de saúde-doença-cuidado de maneira diversa e ampla. “Tanto por questões pessoais (de busca de cuidado) como por orientações teórico-práticas, tenho me dedicado a cuidar e compreender a saúde através de leituras complexas que as racionalidades de algumas práticas integrativas “. Ele também trabalha com Psicologia Corporal, que aborda os fenômenos psíquicos na indisociabilidade da postura corporal, musculatura, sistema nervoso, fisionomia, entre outros.  “Ao cuidar de algum sofrimento, ao invés de focar no sintoma, me dedico à vitalidade das pessoas e procuro compreender que bloqueios energéticos interferem em sua condição atual”.

Segundo ele, o simpósio tem o objetivo de expandir esse debate envolvendo a comunidade acadêmica e os serviços públicos de saúde local, que já se beneficiam com algumas ações de extensão e pesquisa que o grupo vem realizando. O evento tem financiamento do MEC via projeto de extensão aprovado em 2010, e conta com o apoio do Ministério da Saúde e de uma farmácia local que trabalha com medicamentos homeopáticos, além de docentes de cursos de Saúde da Universidade de Pernambuco.

“A crise da saúde que vivemos está ligada ao aumento contínuo de doenças crônicas, a medicalização dos problemas sociais, emocionais e espirituais, os limitados hábitos de cuidados pautados em corresponsabilização e autonomia. Acreditar na vitalidade de si e dos outros seja o maior desafio para implantar um sistema de cuidado integral, desde a formação em saúde até uma organização do processo de trabalho e forma de produção de conhecimento que acreditem radicalmente nessa perspectiva”.

Saiba mais sobre o evento aqui. O prazo de envio de resumos simples foi prorrogado até 12 de outubro.

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