A mesa de debates“Práticas Avaliativas da Integralidade em Saúde: possibilidades de pesquisa” reuniu os pesquisadores Roseni Pinheiro (IMS-UERJ), Aluisio Gomes da Silva Junior (ISC-UFF), Isabel Brasil (EPSJV-FIOCRUZ) e Eronildo Felisberto (IMIP-PE). Coordenados por Zulmira Hartz (FIOCRUZ), eles buscaram mostrar os resultados de seus estudos tendo em vista as experiências vivenciadas em seus respectivos pólos de atuação.
O expositor Aluísio Gomes destacou, dentre outros assuntos, a tentativa de trabalhar com noções que norteiem o conceito da integralidade, levando-se em consideração a importância da integração regional no âmbito das pesquisas multicêntricas: “É fundamental que haja interações nos estudos, não só com as cidades de grande porte, mas também com as regiões menores, como Piraí. Nessas regiões de pequeno porte, as práticas Ele apontou ainda a questão da noção de integralidade polissêmica”,
Roseni Pinheiro apresentou a pesquisa “Contextos de Estudos Multicêntricos: integradores de tecnologias avaliativas de integralidade em saúde” cujos objetivos foram conhecer práticas avaliativas em cursos nos sistemas de saúde das localidades, sejam formais ou informais no sentido de construir um mapa destas configurações pretendendo compreendê-las e compartilhá-las em suas possibilidades, limites e desafios. A pesquisadora apontou ainda a análise destas práticas desenvolvidas na atenção básica a partir dos estudos de integralidade: “A prática, diferentemente da técnica, deriva desses saberes. Não adianta pensar”.
Na qualidade de representante da EPSJV-Fiocruz, Isabel Brasil colocou a questão da saúde em favor da integralidade e a forma como se avalia a formação de saúde com a contribuição para prática integral. Ela apontou os três principais eixos de investigação de sua pesquisa: avaliação, educação e integralidade, tendo como foco a questão da formação técnica no ensino médio. “A formação técnica é um instrumento que pode auxiliar o trabalho na saúde na lógica da integralidade. Logo, o ensino só é bom se for voltado para o serviço” enfatizou.
Para Eronildo Felisberto, a atenção básica possibilitou um aquecimento dos debates, tendo em vista os 20 anos do SUS constitucional. Ele afirma que a questão chave desta temática é fazer chegar ao público o resultado dos trabalhos de ensino e de pesquisa e reitera a importância da capacitação dos profissionais: “Os profissionais devem estar preparados. Quem produz o conhecimento avaliativo precisa ser veículo desta tradução e participação”, completa.
A coordenadora Zulmira Hartz (FIOCRUZ) pontuou os três grandes momentos das apresentações, como a tipologia de cada projeto e comentou os planos conceituais expostos pelos pesquisadores. Após este feito, foram abertos os debates a todos os participantes presentes na plenária.
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