Dando continuidade à seção Parcerias LAPPIS, confira a entrevista com o psicólogo Gustavo Corrêa Matta, que comentou a importância da integralidade na formação de profissionais para a área de Saúde e um pouco sobre os projetos e trabalhos com o Laboratório.
Gustavo Côrrea Matta é psicólogo e Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ (IMS/UERJ). Professor da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ) e Vice-presidente da Associação Brasileira de Psicologia Social – Regional Rio de Janeiro (ABRAPSO). Também pesquisador do LAPPIS, Matta comenta esta parceria, os benefícios, e expõe sua opinião sobre a pesquisa em integralidade com relação à formação de trabalhadores da área de saúde.
BoletIN – O que pensa sobre a produção do LAPPIS? Gostaria de destacar alguma pesquisa, trabalho ou uma publicação específica?
Gustavo –A produção do LAPPIS é vasta, têm diversos objetos, pesquisas envolvidas e uma rede solidária de pesquisadores, instituições e colaboradores. Esta última pesquisa sobre a avaliação da atenção básica, pegando a discussão de avaliação e de itinerários terapêuticos, é muito importante. Agora, que ganhará uma publicidade com a recente publicação do livro, eu espero um impacto na relação com a organização, planejamento e conceito de atenção básica e o papel de seus diversos atores, desde gestores a agentes de saúde e usuários e a comunidade. A pesquisa amplia esta oportunidade, tem base emancipatória e indica resultados importantes que o Sistema Único de Saúde – SUS precisa.
BoletIN – Na sua opinião, qual a importância da pesquisa em Integralidade para a saúde coletiva?
Gustavo –A importância é total nos seus diversos sentidos na questão da integralidade. Na realidade, me preocupo com esta questão “internamente”, com a formação dos trabalhadores da área de saúde – o que é um eixo importante, até pelo fato de sermos da Escola Politécnica. Fazer a articulação da integralidade com a politecnia é um grande desafio para que esses discursos se potencializem mutuamente.
BoletIN – Fale sobre a parceria com LAPPIS, como funciona e os benefícios para ambas as partes:
Gustavo – Os benefícios são vários. Nós participamos de pesquisas juntamente com o LAPPIS, e isso fortalece os estudos do próprio Laboratório de Atenção em Saúde (do qual eu participo na Escola Politécnica da Fiocruz na organização), parceria de eventos, publicações, enfim, e principalmente o contato entre os pesquisadores que o LAPPIS proporciona. São pesquisadores de diferentes regiões do Brasil e áreas de formação distintas, desde o campo da gestão, da antropologia, da sociologia. O LAPPIS tem cumprido o seu papel de uma rede importante na pesquisa e nos seus produtos.
BoletIN – Planos para o futuro desta parceria? Projetos?
Gustavo –Atualmente, nós da ESPJV fazemos parte de um grupo de emergentes na tentativa de criar um centro colaborador do LAPPIS e dessa pesquisa focando a discussão da saúde internacional e a formação de trabalhadores para a área de saúde. Então, vamos tentar entender a perspectiva da integralidade, não no interior do SUS, mas agora tentando ampliar como esses discursos e essas práticas têm se materializado nas políticas internacionais de saúde, no papel das agências (como a Organização Mundial de Saúde – OMS) e outros.
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