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O que esperar do CBCSHS 2013

CBCSHS_dezembro_1.JPGDurante reunião que aconteceu em dezembro, os integrantes da Comissão que organiza 6º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas (CBCSHS-2013) revelaram ao BoletIN suas expectativas para o evento. O Congresso vai acontecer entre 13 e 17 de novembro, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e tem como tema “Circulação e diálogo entre saberes e práticas no campo da Saúde Coletiva”. As inscrições para o Congresso poderão ser feitas pelo site do Congresso que estará no ar a partir de fevereiro.
 
Malu Bosi – Universidade Federal do Ceará
 “Além de uma expectativa, eu tenho é um sentimento de que a forma como está sendo pensada e desenvolvida a organização desse congresso vai levar a uma concretização do que a gente pensou quando escolheu esse lema. Esse lema implica, necessariamente, um movimento de diálogo, de conexão entre as instituições, os pesquisadores e os temas. O que tô sentindo nesse refinamento das discussões é que a gente está, não só construindo o temário e uma estrutura de Congresso, mas também revisitando um núcleo de saberes do que a gente chama de ciências sociais e humanas em saúde coletiva. A gente vem reciclando vários entendimentos e o que eu acho muito bonito é a presença de várias gerações de pesquisadores aqui,  uma circulação de saberes, de cenários, de contextos. E desses temas que a gente vem, de certa forma, recriando. Não para fazer mais do mesmo. Mas para fazer mais de um novo.”

 Elaine Brandão – Universidade Federal do Rio de Janeiro
“Para mim, está sendo um prazer enorme participar da Comissão e poder trocar com pessoas de todas as outras instituições. Esse cuidado que estou vendo aqui, essa eficiência da equipe, acho que vai propiciar uma grande tranquilidade no momento que o Congresso estiver acontecendo para o debate de ideias propiramente dito, que é o foco de todo encontro nosso. Então, o privilégio de chegar num espaço e encontrar pesquisadores do Brasil inteiro e convidados de fora pra poder trocar ideias sobre a posição e a nossa função dentro da saúde coletiva, das ciências sociais, vai ser muito bom”.

Sandra Caponi – Universidade Federal de Santa Catarina
“Acho que, desde a organização, os congressos são um momento de troca e interação muito bons. Para esta edição, acho que avançamos. Quando a gente iniciou a realização do Congresso, ainda nas primeiras edições, as discussões que se colocavam eram discussões muito preliminares. Agora, já da para ver que os grupos que estão fazendo propostas estão integrados, falando num idioma comum. Então, às vezes a gente encontra aqueles probleminhas de percurso. Mas eu acredito que vai ser superbom. Minha expectativa é a melhor possível”

Carlos Silva – secretário executivo da ABRASCO
“Acho que essa reunião da Comissão Científica é importante para a gente consolidar as estratégias e caminhos que vamos ter que trilhar até a realização do Congresso propriamente dito. Acho que essa interlocução da ABRASCO com o CEPESC nesse processo organizativo é um novo modelo que a gente vem estabelecendo e acho muito importante que ocorra. Agora, precisamos avançar em algumas coisas, alguns desdobamentos que precisam ser encaminhados neste início de ano. Ainda me preocupa o financiamento, mas a própria comissão científica tá trabalhando um agendamento, existem alguns caminhos. Eu acredito que a gente vai ter um Congresso representativo da área. Acho que o espaço da UERJ nos dá tranquilidade para o evento acontecer mais uma vez no espaço universitário”.

Leny Trad – Universidade Federal da Bahia
“Acho que essa reunião revela um envolvimento extremamente positivo do planejamento do evento. A gente consegue visualizar todo o cronograma, do planejamento até a execução do Congresso. Foram discutidos pontos importantíssimos que envolvem infra-estrutura mas também decisões estratégicas com relação ao financiamento, por exemplo. E a gente sabe como tudo isso incide sobre a qualidade e o envolvimento dos congressitas e participantes. O outro elemento extremamente importante é a programação científica. A gente assumiu, desde o outro congresso e reafirma nesse, que os grupos temáticos são o eixo central da metodologia do evento. E a gente teve a oportunidade de analisar e debater exaustivamente todas as propostas que foram encaminhadas aos grupos temáticos. Fazendo um paralelo com o evento anterior, eu acho inclusive que o fato de a gente estar contando com um prazo mais estendido e uma organização mais eficaz, favoreceu também um melhor acolhimento dessas propostas. A gente tem um número de propostas superior ao que a gente recebeu na edição anterior nesta fase. Mas principalmente a gente também pôde constatar uma maior qualidade no geral. Enfim, estou extremamente otimista”.

Roseni Pinheiro – Lappis-IMS-UERJ
 “Penso que há um conjunto de vetores que fazem com que a avaliação da construção do evento, até aqui, seja considerada positiva. O primeiro deles é o apoio irrestrito do reitor da UERJ, Ricardo Vieiralves de Castro. O reitor é co-partícipe desse processo. Como alguém que vem da área da psicologia, ele reconhece a importância do tema para a área da saúde coletiva. E, mais do que isso, sabe o que representa a Universidade no processo de construção do nosso Sistema Único de Saúde e na configuração dos seus saberes e práticas. Em relação à qualidade das propostas apresentadas para compor os GTs, destaco a experiência que o campo vem adquirindo ao longo dos anos, o que ficou claro com a diversidade das temáticas entre os 38 inscritos. A experiência a que eu me reporto é de uma ampliação muito expressiva e característica do campo das ciências sociais e humanas em saúde coletiva. A UERJ tem essa vocação pra inovação, tem esses espaços dentro da sua estrutura e forma de funcionamento, que favorece enormemente pra que a gente enalteça a diversidade das temáticas que foram colocadas no âmbito do Congresso. Por último, a ideia de fazer uma convocação pública para a inscrição dos GTs, como ocorreu agora, também merece destaque”.

Parry Scott – Universidade Federal de Pernambuco
“A minha expectativa é que a gente tenha um diálogo entre uma multiplicidade de temas que fazem com que as perspectivas das ciências sociais tenham espaço pra muito debate, discussão, esclarecimento na área de saúde. E não tenho dúvidas que, devido às experiências que a gente vem adquirindo, esta promete ser uma abertura e um reforço de outros temas. Então, penso que estamos no caminho certo e a diversidade dos temas que estou vendo nas propostas dos grupos é o que mais me anima. Há uma espécie de convergência entre alguns temas que são de reconhecida importância histórica”

Mara Gomes – Universidade de São Paulo
“Estou superotimista pelo ritmo e pela antecedência de preparação do Congresso. Do ponto de vista da organização, acho que não vamos ter surpresas já que todas as precauções estão sendo tomadas. Do ponto de vista das atividades propostas e da organização dessas atividades, eu acho que estão sendo retomadas experiências exitosas dos congressos anteriores. Tem temas importantes que, se não cobrem toda a produção da área já que isso seria impossível, cobrem boa parte do que vem sendo discutido, refletido, pesquisado pelas ciências sociais e humanas em saúde. Nesse aspecto, eu acho bom. Agora o que eu tenho sentido é que nós, cientistas sociais e humanos na área da saúde coletiva, estamos muito conformados, perdemos a rebeldia ou, pra falar em outros termos, nós temos, até por dever de ofício, que sumbeter à critica os acontecimentos. Porque, se a saúde é a esponja da sociedade, das relações sociais, nós temos que estar sensíveis pra perceber o que vem ocorrendo. Então, eu tenho o desejo de que esta edição do nosso Congresso tenha espaço para mais propostas emergentes e não apenas para temas consolidados”.

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