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Hospital Sofia Feldman é destaque no jornal “O Estado de Minas”

NTICO jornal “O Estado de Minas” publicou, no caderno Bem Viver, no último 23 de outubro, uma reportagem sobre o Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares (NTIC) do Hospital Sofia Feldman. A matéria, de Carolina Lenoir, entrevistou Lília Coelho Lopes, enfermeira obstetra e coordenadora do núcleo. Confira!

 

 

Vida Alternativa – Gestantes do Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares passam por avaliação e, em seguida, são encaminhadas para procedimentos que incluem acupuntura e reflexologia.

Infusões e massagens

Por Carolina Lenoir, de O Estado de Minas, 23/10/2011

Se existe um momento em que atenções e cuidados especiais são muito bem vindos – e até mesmo fundamentais para o bem-estar físico e emocional – é durante a gravidez, principalmente nas últimas semanas. A ansiedade em relação ao parto e os incômodos comuns em uma gestação mais avançada podem ser amenizados com terapias relativamente simples, mas que envolvem saberes específicos.

No Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares (NTIC) do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, uma equipe de terapeutas e enfermeiros especializados em obstetrícia desenvolvem atividades como aromoterapia, massagens, escalda-pés, reflexologia, Qi Gong medicinal e auriculoterapia, oferecidas tanto a gestantes atendidas no pré-natal e no pós-parto pelo hospital quanto aquelas que, mesmo não sendo pacientes, estão interessadas em fazer uso das terapias disponíveis.

A proposta é que, com estratégias terapêuticas diferenciadas, que valorizam o autocuidado e o uso de recursos simples, baratos e seguros, seja oferecida uma assistência mais humanizada no parto e no período seguinte ao nascimento. As atividades são oferecidas no Centro de Parto Normal, na Casa de Sofias – um espaço em que são acolhidas mulheres com bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) – e no Programa de Internação Domiciliar Neonatal (PID-Neo). Os recém-nascidos também podem ser atendidos pelo núcleo, desde que seja feita uma solicitação da equipe multiprofissional da assistência.

De acordo com Lília Coelho Lopes, enfermeira obstetra e coordenadora do núcleo, todas as gestantes passam por uma avaliação antes de serem encaminhadas às terapias. O ideal é que as atividades comecem a ser realizadas a partir da 35ª semana, mas aquelas que ajudam a estimular o trabalho de parto, como o escalda-pés, são indicadas apenas a partir da 38ª semana. “Ainda assim, é bom que sejamos procuradas antes para darmos algumas orientações importantes, como questões alimentares e indicações de chás e florais”. Segundo a enfermeira, o único cuidado que deve ser tomado é em relação às gestantes com pressão alta. “Com elas, precisamos saber exatamente as ervas que podem ser usadas. A canela e o alecrim, por exemplo, podem ser contraindicadas”.

Lilia explica que todas as terapias oferecidas são instrumentos que contribuem para um parto bem sucedido. Cada item usado em infusões e massagens é pensado com cuidado. “Nas sessões, fazemos uso do aroma, por meio de incensos de rosa; da música, que tranqüilizam mente, corpo e alma; e das cores, como a luz azul e as paredes verdes que acalmam”.  São oferecidas ainda a acupuntura e a auriculoacupuntura, em que são usadas as tradicionais agulhas, e as ventosas, que são colocadas sobre a pele e ajudam a desobstruir os canais de energia. O núcleo também realiza rodas de conversa com o objetivo de resgatar a cultura popular sobre chás e ervas medicinais.

Aliadas

Christiane Netto Silva de Carvalho, 34 anos, está na 40ª semana de sua segunda gravidez e tem feito das terapias suas verdadeiras aliadas. Ela já conhecia o núcleo em sua primeira gestação, mas, desta vez, tem tirado mais proveito. “Faço o escalda-pés, a acupuntura, as ventosas e a homeopatia. Quando venho para cá é a melhor parte da gravidez. É muito relaxante e, com as terapias, consegui amenizar as dores lombares que sentia”. Além das dores, ela afirma que melhorou outros sintomas como azia e dificuldade no sono.

Ela garante que, sem as atividades, estaria bem mais ansiosa. “Elas ajudam de fato no centramento. É um SPA 0800 inacreditável”, brinca a gestante, que mora em Santana do Riacho, mas está há um mês em BH, aguardando a chegada da segunda filha. “Também ajuda a questão de todo esse cuidado ser realizado no hospital em que vou fazer o meu parto. Quero que seja natural e estou tendo toda uma preparação para isso”.

Os recursos terapêuticos do núcleo também são disponibilizados para funcionários do hospital, que contam com auriculoterapia, escalda-pés, reflexologia e homeopatia, entre outras atividades. Adma Ferreira da Silva, de 43 anos, auxiliar de faturamento do hospital, adotou o escalda-pés, a acupuntura e a auriculoterapia como hábitos semanais. “Quando comecei a praticar, tinha um quadro de ansiedade muito grande e necessitava de remédios. Atualmente, não preciso me medicar mais, porque consigo relaxar, recarregar minhas energias e me entregar ao momento”. Mãe de uma adolescente de 15 anos, ela acredita que, se tivesse acesso às terapias na época de sua gravidez, considerada de alto risco, teria sido mais fácil. “Talvez nem precisasse ter feito a cesariana, por exemplo”.

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