“A pesquisa em integralidade significa ‘abertura de horizontes’ para a pesquisa em saúde, pois possibilita pensar e repensar a Saúde Coletiva, desde a formulação de políticas públicas até o fazer cotidiano. Possibilita a aproximação entre o pensamento e sua expressão no agir dos profissionais e usuários da saúde”. Essa é a visão do Grupo do Hospital Sofia Feldman, situado na periferia de Belo Horizonte, como referência de integralidade para uma população de aproximadamente 400 mil pessoas. A maternidade é considerada modelo de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e exemplo de humanização em Saúde.
Lélia Maria Madeira, doutora em Enfermagem pela USP e coordenadora da Linha de Ensino e Pesquisa do Hospital Sofia Feldman, conta que a parceria com o LAPPIS começou com uma visita de Dr. David Capistrano e Roseni Pinheiro à Instituição, há alguns anos atrás. Mais recentemente, algumas profissionais do HSF têm participado como pesquisadoras do Laboratório, em atividades dos Seminários anuais, como centro cooperante da BVS Integralidade, dentre outras atividades. “Deve-se, entretanto, ressaltar a relevância para o Hospital da participação direta de membros do LAPPIS, especialmente, da Dra. Roseni Pinheiro, em permanente interlocução conosco, ajudando em processos reflexivos, não só direcionados às práticas cuidadoras, mas especialmente, em discussões políticas e de gestão institucionais”, diz Lélia. “Além disto, a inserção de uma de nossas trabalhadoras no Programa de doutorado do IMS/UERJ (Tatiana Coelho) tem favorecido as relações entre os grupos e dado maior permeabilidade e dinamicidade às discussões e tomadas de decisão”.
Neste ano, o Sofia Feldman inicicou a elaboração do “Programa Interinstitucional Técnico-científico: incubadora da integralidade”, com a orientação e colaboração de Roseni Pinheiro. Tal iniciativa visa sistematizar as ações de ensino e pesquisa do Hospital. “Assim, temos avançado na consolidação da produção do conhecimento mais relacionado às práticas cuidadoras na saúde da mulher e do recém nascido”.
Palestrante do VII Seminário do Projeto Integralidade, em novembro do ano passado, Lélia afirma que as coletâneas do LAPPIS trazem discussões relevantes e consistentes nas temáticas propostas. “Por aproximar-se ainda mais da discussão sobre o nosso cotidiano da assistência, essas publicações levam à reflexão sobre a necessidade de rompermos com a dicotomia entre o pensar e o fazer em saúde”. Pensando nisso, o grupo do Hospital Sofia Feldman afirma o intuito de estreitar as relações de parceira com o Laboratório, mantendo as atividades já em desenvolvimento. “Além disto, precisamos amadurecer e implementar as idéias do programa incubadora da integralidade para alcançarmos as metas propostas”, concluiu a coordenadora da Linha de Ensino e Pesquisa.
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