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Experiências de Práticas Avaliativas de Cuiabá, Juiz de Fora, Pirai e Rio Branco

A segunda mesa de debates do dia apresentou a temática “Experiências de Práticas Avaliativas de Cuiabá, Juiz de Fora, Pirai e Rio Branco”, com a participação dos pesquisadores Maria Angélica Spinelli (ISC-UFMT), Maria Tereza Bustamante Teixeira (UFJF), Aluisio Gomes da Silva Jr (ISC-UFF), Rodrigo Silveira (CCSD-UFAC), e Claunara Mendonça (DAB-MS), sob a coordenação de Roseni Pinheiro (IMS-UERJ).

A pesquisadora Maria Angélica Spinelli, do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade do Mato Grosso (UFMT), expôs o resultado dos estudos realizados em Cuiabá, onde o Ministério da Saúde tem impulsionado a institucionalização da avaliação em saúde, na busca por induzir certa cultura avaliativa. Ela afirma que em geral, os projetos progressistas são comprometidos com os princípios do SUS e estão em permanente disputa: “Existem práticas avaliativas relativas a esses serviços, no entanto, essas práticas são orientadas para o cuidado ou para o controle da oferta de serviços”, explica.

 
Ao apresentar sua pesquisa, o médico de família Rodrigo Silveira (CCSD-UFAC) contou as experiências obtidas em Rio Branco-Acre, onde buscou identificar as práticas avaliativas e seus potenciais avaliadores. Dentre outros dados, ele nos apresentou a estatística de que 85% dos habitantes da cidade são usuários do SUS, onde a Secretaria Municipal de Saúde é responsável pelas políticas de atenção básica, enquanto que a Secretaria Estadual se responsabiliza pelos hospitais: “São questões de um SUS em construção, de potencial inovação, principalmente na gestão, construção e aplicação das práticas avaliativas formais e informais”, afirma.
 
Maria Tereza Bustamante Teixeira (UFJF) falou da experiência em Juiz de Fora, tendo em vista a gestão organizadora da atenção à saúde e integralidade. Ela conta que foram identificadas na cidade, práticas avaliativas que contribuíam para a consolidação da integralidade: “Na atenção básica, há o entendimento de que a intersetorialidade é um intercâmbio entre setores que envolvem uma relação de dependência entre eles, pois cada um tem funções específicas e que deveriam se associar para intervir no problema de saúde na comunidade”.
 
Na seqüência, Aluisio Gomes da Silva Jr apresentou a pesquisa “Estudos multicêntricos – integradores de tecnologias avaliativas de integralidade em saúde na atenção básica” em que expôs instrumentos e práticas avaliativas utilizadas no município de Piraí. Ele apontou, ainda, as inovações com instrumentos formais utilizados pelo SUS na região: “Dentre essas inovações, podemos destacar a integralidade como eixo de estrutura para o acesso aos níveis de complexidade tecnológica de avaliação e inclusão, além dos mecanismos e espaços de participação de gestão e cuidados pautados na integralidade e participação social”.
 
A debatedora Claunara Mendonça parabenizou os palestrantes e abordou, de maneira sucinta, os vários tópicos discorridos pelos pesquisadores. Ela também apontou questões inovadoras no âmbito das práticas avaliativas: “Até mesmo a imprensa serve de instrumento para a inserção dessas práticas, no sentido de que os usuários utilizam os serviços da mídia como forma de avaliação do serviço que lhes são oferecidos”, finaliza.

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