Na última terça-feira, 12, a presidenta Dilma Roussef e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fizeram uma visita ao Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte, deixando emocionados conselheiros de saúde, funcionários, voluntários e cidadãos. Nas palavras do Ministro: “Se não existisse o Sofia, provavelmente não existiria a Rede Cegonha. O Hospital foi o grande inspirador para criação do programa, um exemplo de como cuidar das mães e crianças brasileiras com dignidade e respeito”. O diretor administrativo do Hospital, Dr. Ivo de Oliveira Lopes, disse que, se não fosse a Rede Cegonha, ele teria dificuldade em manter a assistência do Hospital.
A presidenta conheceu o Centro de Parto Normal Helena Greco, inaugurado em setembro de 2011, e custeado pela Rede Cegonha. A unidade apresenta as ambiências, recomendadas pela portaria RDC 36, da ANVISA, e modelo de assistência preconizado pelo programa. Lá estava presente a usuária, Quele Gleice Costa Drews, que representou o SUS, ainda grávida, no lançamento da Rede Cegonha, trazendo no colo Tayeme e Tayany, atualmente com nove meses. “Ela se lembrou de mim, me abraçou e tirou fotos. Comentou que as meninas cresceram”, disse se referindo à Dilma Roussef.
Aguardando também a presidenta estava Jovita Levi, autora do texto “Estatuto da Mulher” que decora a parede do Centro de Parto. Depois, Dilma Roussef foi à Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal, que funciona há dois meses e acolhe os recém-nascidos com suas mães. Mas, nesta unidade, decidiu ficar pouco tempo para não criar tumultos para os pequeninos.
“Vou agradecer ao Ivo, a fraternidade, o calor, a emoção com que eu fui tratada aqui, tanto pelos funcionários como pelo diretor e pelas mulheres grávidas que estão aqui. E dizer que a Rede Cegonha é um capítulo importante porque se trata da proteção da criança e da mãe”. A presidenta fez questão de ressaltar que uma das suas preocupações, além do PIB, é o que está fazendo para as mães e crianças, que representam o futuro para um país. “Não estamos só investindo na Rede Cegonha, mas também custeando as suas operações. Não basta investir, temos que garantir o custeio. Você vai ter que custear o primeiro ano e, indefinidamente, ser parceiro no custeio”, disse, sob aplausos.
“Esse programa Rede Cegonha, tem que ter durabilidade. Nós temos de garantir isso sistemática e sustentavelmente. Junto com os hospitais de referência estamos construindo uma rede e essa rede tem vários elos, mas certamente a Rede Cegonha é um dos mais importantes, porque nós garantimos um tratamento de qualidade para uma mulher que tem na barriga um filho, e queremos que esse filho nasça nas melhores condições possíveis”.
Na visita, a presidenta Dilma Roussef e o Ministro Alexandre Padilha foram acompanhados pelo governador de Minas, Antônio Anastasia, e pelo prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Na plateia, estava o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, ao lado de prefeitos do interior de Minas e convidados.
Investimentos
Na ocasião, Alexandre Padilha anunciou investimentos no estado, de R$ 2,5 milhões para melhoria dos ambientes, reforma de maternidades, compra de equipamentos, criação de duas casas da Gestante, Bebê e Puérpera, construção de um Centro de Parto Normal e 18 leitos. Segundo informações da assessoria do Ministério, a Rede Cegonha teve a adesão de 403 municípios mineiros.
O Ministro da Saúde prometeu mais investimentos para o Sofia. Segundo Dr. Ivo, “a Rede Cegonha vem ampliar os recursos e diminuir o nosso déficit, prometendo a ampliação dos serviços, mais 26 leitos para UCI e 10 para UTI Neonatal e a melhoria do nosso parque tecnológico, que já está sucateado: alguns equipamentos tem cerca de 20 anos”.
Passeando com o Ministro
Alexandre Padilha conheceu o Hospital e as unidades de cuidado anexas. Foi à Casa da Gestante Zilda Arns e conversou com as mães: “Pessoas do interior com pré-eclâmpsia, ruptura de bolsa, com enfermeira 24 horas, evitando o risco da morte materna e neonatal”. Na casa, ele conversou sobre o pré-natal com as gestantes: Adriana Pereira de Freitas, de Curvelo, acolhida por estar com pressão alta aos 7 meses de gestação; com Kely Rodrigues Pereira, de São José da Lapa; e com Luciana Gonçalves Pereira, moradora das proximidades do Hospital. Lá, ele aceitou um cafezinho.
Depois, foi à Casa de Sofias – Acolhimento ao Bebê e Puérpera: “Hoje tive uma aula sobre o cuidado canguru de uma mãe acolhida na Casa de Sofias”. Primeiro, visitou o espaço do Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares, onde as funcionárias faziam escalda-pés.
Ainda na Casa de Sofias, a puérpera Greice Gomes carregava seus filhos Pedro e Maria Eduarda, com 23 dias e que estão ali para ganhar peso. Depois tomou a aula sobre cuidado canguru da mãe Mirian Graciele de Oliveira, que tinha bem perto do peito, enrolado nos panos, a filha Júlia, que nasceu com 1.315g e hoje está com 1.745g e que ficou na UTI Neonatal por 17 dias. “Ela me informou que o método ajuda o bebê a ganhar peso, que, por estar junto ao corpo da mãe, não gasta energia para se aquecer”. Mirian veio de Itabira e comemorou o fato de ter conseguido falar com o ministro sobre as condições precárias de atendimento em sua cidade.
De lá, acompanhado por Dr. Ivo foi ao Centro de Parto Normal Helena Greco. Parou na entrada para ler o Estatuto da Mulher, de Jovita Levy, ali afixado, e visitou o quarto Dona Beja, onde conversou com a parturiente, Ana Paula Felipe, em trabalho de parto, ao lado do companheiro, Wiliam Maris Pereira. Entre uma contração e outra, esperava para receber Cauã. “Ele conversou comigo sobre o parto e as contrações”.
A visita à UCI Neonatal (Unidade de Cuidados Intermediários) foi acompanhada pelo pediatra e vice-diretor clínico, Dr. José Carlos Silveira. Padilha conversou na unidade com a mãe Maria Aparecida Vilela, que carregava orgulhosa o filho Miguel. “Ele foi desenganado, teve uma pneumonia seríssima. Ficou 16 dias entubado: se tivesse ficado em minha cidade, Ribeirão das Neves, Miguel teria morrido. É o meu segundo filho, o primeiro também nasceu no Sofia”.
Fonte: Assessoria de imprensa / Hospital Sofia Feldman
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