O 5º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, com o tema As Fronteiras da Extensão, objetivou a troca de experiências e a reflexão crítica para além dos muros da universidade, contando com a participação de mais de 4 mil pessoas. O evento, realizado de 8 a 11 de novembro em Porto Alegre/RS, teve o debate sobre a integralidade em uma mesa-redonda.
Uma das coisas que mais chamou atenção do mestrando do Instituto de Medicina Social, Bruno Stelet, foi a organização de um evento sobre extensão ocupar lugar de destaque. "Muitos projetos e programas de Extensão de universidades do país inteiro estavam presentes. Assiti a algumas mesas sobre a extensão na área da saúde e a questão da integração ensino-pesquisa-extensão como elemento fundamental para discutir as transformações no ensino, a relação universidade e sociedade e até mesmo a questão da produção científica, que precisa estabelecer diálogos concretos com políticas públicas", ressaltou.
Na mesa redonda "As fronteiras no cuidado à saúde – a integralidade como princípio", a fala de Roseni Pinheiro relacionou o imperativo de indissociabilidade das funções essenciais da universidade – ensino, pesquisa e extensão – com a discussão da integralidade. "Na verdade, a gente está integrando saberes e práticas e isso requer certo posicionamento epistemológico do que a gente está considerando como cuidado. Enquanto ação extensionista, não é só um prolongamento da pesquisa, mas a reflexão de um juízo crítico e responsabilidade sobre o conhecimento que está sendo produzido na academia".
O papel da Extensão dá a possibilidade de trabalhar a questão da responsabilidade, do juízo crítico e da visibilidade. A responsabilidade que você tem em relação à questão do ensino, responsabilizando para refletir sobre aquilo, a questão do juízo crítico, como você se apropria do conhecimento de pesquisa para o ensino, e a terceira coisa é a visibilidade que é o próprio modo da gente se colocar e se apresentar no mundo. Então, o modo para favorecer essa apresentacão é estar em contato sem ter muros entre sociedade, universidade e saúde.
Roseni Pinheiro
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