A Casa da Gestante Zilda Arns, unidade do Hospital Sofia Feldman, ganhou premiação da OPAS/OMS no Concurso de Boas Práticas em Maternidade Segura. Foi considerada a terceira melhor iniciativa institucional das Américas para redução da mortalidade materna, juntamente com a Comissão Perinatal (boas práticas governamentais) e o Programa Mãe Curitibana (boas práticas na comunidade). O diretor administrativo do Hospital, Dr. Ivo de Oliveira Lopes e o Sr. José Sobrinho, presidente da Fundação de Assistência Integral à Saúde (FAIS) receberam o prêmio na sede da OPAS em Brasília, dia 30 de maio. A Iniciativa Maternidade Segura é uma promoção conjunta da OPAS/OMS com agências das Nações Unidas e ministérios da saúde dos países das Américas. O objetivo da iniciativa é reduzir a mortalidade materna e alcançar o acesso universal à saúde reprodutiva.
No ano passado, as três iniciativas ganharam a premiação nacional. Os vencedores deste ano foram anunciados dia 29 de maio, em Washington, nos Estados Unidos. O concurso tem como objetivo chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos países da América Latina e Caribe na promoção da saúde materna e neonatal, assim como destacar as experiências eficientes que têm tido sucesso na resolução dos problemas de saúde das mães e dos bebês.
A Casa da Gestante Zilda Arns é uma iniciativa pioneira no Brasil e inspirou o Ministério da Saúde na criação da Casa da Gestante, Puérpera e Bebê, do programa Rede Cegonha. É uma unidade de cuidados vinculada ao Hospital Sofia Feldman destinada ao acolhimento e acompanhamento de gestantes que, embora necessitem de atenção em serviços de saúde, não exigem vigilância tão constante em um ambiente hospitalar. Ao mesmo tempo, pela natureza do problema apresentado e a distância de suas moradias, não podem retornar aos domicílios naquele momento. Elas vêm de toda Minas Gerais e apresentam agravos na gravidez, como pressão alta e diabetes, entre outros.
O Concurso
O Hospital Sofia Feldman concorreu no concurso com outras 121 experiências, de 22 países do continente americano. Foram premiadas as melhores experiências em serviços de saúde a nível comunitário, estatal e institucional, que obtiveram redução eficaz da mortalidade materna e melhoraram o atendimento a gestantes e recém-nascidos. A Casa da Gestante Zilda Arns mostrou os benefícios de implementação de casas maternas para a redução das mortes maternas e neonatais. O Programa Mães Curitibana foi contemplado pelo aumento ao pré-natal e partos institucionais e a Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte – Gestão da qualidade e da integralidade do cuidado para a mulher e a criança do SUS – angariou premiação pela redução da mortalidade materna, aumento de consultas no pré-natal e uma mudança na relação dos serviços com os direitos das mulheres e dos bebês.
Os vencedores serão incluídos em um e-book sobre Maternidade Segura (a ser lançado ainda este ano). De acordo com estimativas da OPAS e da OMS, a redução das mortes maternas na América Latina e Caribe ainda não é suficiente para alcançar a meta do Objetivo de desenvolvimento do Milênio número 5, que estabelece a redução de 75% até 2015, em comparação com dados de 1990. No Brasil, o índice é de 68/100.000 nascidos vivos e a meta é reduzir para 35/100.000 até 2015.
O concurso premiou também as melhores imagens fotográficas sobre a promoção e proteção dos direitos das mulheres, mães e recém-nascidos, de acessar o mais alto padrão de atendimento em saúde disponível. A seleção recebeu mais de 2000 imagens participantes. O vencedor foi o fotógrafo Tali Elbert, da Argentina, com a foto denominada “Parir”.
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