Alunos das novas turmas de pós-graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social / UERJ estiveram na conferência realizada pelo prof. Mario Pecheny (Universidade de Buenos Aires) realizada no dia 17/03, que destacou a importância do contexto nas pesquisas em saúde.
A saúde como objeto de pesquisa nas Ciências Sociais foi o tema da conferência realizada pelo prof. pesquisador do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) Mario Pecheny (Universidade de Buenos Aires/UBA) na aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social (IMS/UERJ). O evento, que foi realizado no dia 17/03, reuniu alunos das novas turmas de pós-graduação do Instituto.
O professor mostrou um panorama da saúde nas Ciências Sociais e as novas tendências para pesquisa na área. "O maior desafio das Ciências Sociais hoje é abranger as particularidades e os contextos em saúde, que envolvem também processos éticos e políticos. Há sempre o risco de abordar um enfoque puramente biomédico. A pesquisa quer resolver problemas concretos. Mas a linguagem da saúde e das Ciências Sociais é diferente. Não podemos analisar os indicadores de saúde como um dado, e sim, como um contexto".
Pecheny também abordou o paciente como um personagem da pesquisa em Saúde Coletiva. Para o pesquisador, há três tipos analíticos: paciente como sujeito passivo, sem autonomia; o paciente usuário/cliente (que opta por determinados serviços de saúde, tem maior autonomia, "consumidor". "Mulheres e portadores de HIV são em exemplo expressivo desse caso", diz) e paciente cidadão (sujeito que sabe reconhece seus direitos e se organizam socialmente). "A interseção das Ciências Sociais foi uma forma de legitimar áreas afins da saúde, como a sexualidade, e serviu para mostrar a nossa alteridade. Além disso, é preciso sempre introduzir a ideia de cidadania na saúde".
Seja o primeiro a comentar