Aluno de Mestrado em Saúde Coletiva do IMS-UERJ, Alfredo escreve crônicas sobre vários assuntos. No site do Lappis você poderá conferir, na próxima edição do BoletIN, “Crônicas Agudas” referentes aos temas da área de saúde. Este é mais um veículo para discutir e trazer à luz a questão da Integralidade na saúde, principal foco do LAPPIS. Serão duas crônicas mensais. Alfredo conta como é para ele escrever crônicas e fala também sobre um dos seus projetos.
Alfredo– Um dos meus maiores projetos é fazer com que o ser humano se deslumbre consigo mesmo – consiga rir de si, gargalhar “é mesmo, né?” e se encantar. Acho que meu projeto é resgatar o deslumbre, a paixão, o encantamento pela vida, uma coisa meio fora de moda, que aliás a moda denomina de forma opressora: – Tem de ser feliz! Senão…
Dos assuntos que já escrevi, acho que isso é o mais difícil e o mais fácil para um cronista responder. O gênero crônica permite sentir o cheiro da trincheira da liberdade nas letras, ou melhor, olhar da trincheira o campo fértil e onírico da liberdade e poder sair, atravessando-a, correndo que nem menino, abrindo os braços, aproveitando o recreio da vida enquanto a sirene não chama. Às vezes a sirene cansa de tocar, a mãe cansa de gritar, e você faz que não ouve só para aproveitar aqueles finalzinho. Entretanto acredito que todo o cronista sabe que de uma forma ou de outra vai ter que voltar, principalmente quando o prazo da entrega da crônica está num toc, toc da sua consciência já há algumas horas, mas, por outro lado, sem essa pressão o fio da pipa se soltaria e lá ia o cronista à deriva dos ventos. A primeira crônica que já está parcialmente pronta vai justamente explicar (ou complicar) o porquê das crônicasagudas, conclui.
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