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Agentes Comunitários de Saúde e indicadores de avaliação – discursos e práticas em processos saúde e doença e suas repercussões sobre o trabalho

altA mesa de debates “Agentes Comunitários de Saúde e indicadores de avaliação – discursos e práticas em processos saúde e doença e suas repercussões sobre o trabalho” abriu o segundo e último dia de discussões do Simpósio de Atenção Básica e Integralidade. Com a participação dos pesquisadores Ana Lúcia Pontes (EPSJV-FIOCRUZ), Angélica Ferreira Fonseca (EPSJV-FIOCRUZ), Ruben Araujo de Mattos (IMS-UERJ), Helena David (FENF-UERJ) e Elisabeth Susana Wartchow (CAAB – DAB/MS), tentou-se esclarecer assuntos que permeiam a questão dos indicadores de avaliação e a atuação dos agentes comunitários.

Para iniciar as atividades, o professor Ruben Araujo Mattos discutiu questões inerentes aos indicadores de gestão e os problemas da pactuação. Ele também expôs a problemática do direito à saúde e aspectos institucionais: “Se o método não é adequado para a maioria dos municípios, ele não serve como parâmetro para as pesquisas”, aponta o professor.

 
Angélica Ferreira Fonseca trouxe para o debate a questão da avaliação do trabalho educativo em saúde como uma prática social, para buscar reflexões sobre a avaliação do trabalho educativo realizado para agentes comunitários: “O trabalho do agente comunitário ainda é uma atividade em formação. E a avaliação é o método que será instrumento de qualificação deste trabalho”.
 
Já a representante da Escola Politécnica Joaquim Venâncio, Ana Lúcia Pontes, apresentou a pesquisa “Itinerários terapêuticos e Estratégia de saúde na família: discursos sobre processo saúde – doença e acesso aos serviços de saúde no trabalho do agente comunitário”. Com a finalidade de entender como acontece a relação entre os ACS e usuários na busca do cuidado, a pesquisadora mostrou os desafios que permeiam a atividade destes mediadores: “Existe um processo de reconhecer e ser reconhecido há uma tentativa de reaproximação e uma tentativa de avaliar as dimensões do ACS como ele interfere no acesso da saúde”, afirma.
 
Helena David mostrou estudos sobre a abordagem dos Agentes Comunitários em uma perspectiva multidisciplinar e abordou ainda os seguintes pressupostos: campo de práticas e reflexões, educação popular e saúde, relação entre serviços e população e fosso cultural. Ela também defendeu a categoria dos ACS enquanto profissionais.
 
Para terminar, Elisabeth Susana Wartchow apontou a questão da avaliação dos temas de pesquisas em todas as esferas públicas. Ela mostrou ainda como as contribuições nas avaliações da atenção básica tem sido fundamentais mesmo com as críticas institucionalizadas da avaliação.

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