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Uma lição contra o câncer de mama

valeria_marinho.JPGNa semana em que o Ministério da Saúde regulamentou a incorporação do medicamento trastuzumabe, usado no combate ao câncer de mama, no Sistema Único de Saúde (SUS), o BoletIN recomenda a todos a entrevista corajosa que a pesquisadora do Lappis, Valéria Marinho (à direita, na foto), concedeu ao programa Em Forma, da apresentadora Solange Frazão. 
 
No programa, que contou também com a participação do oncologista Artur Malzyner na última segunda-feira, 23, Valéria fala de forma corajosa sobre a descoberta da doença, o tratamento, os dias difíceis e, principalmente, a superação. Ela descobriu o câncer de mama em janeiro de 2011 e, um ano e seis meses depois, conta com delicadeza como se livrou da doença que atinge cerca de 50 mil mulheres, por ano, no Brasil

Assista a entrevista clicando aqui.

Ao BoletIN, Valéria falou um pouco mais:

BoletIN – Depois de pouco mais de um ano da descoberta do câncer e passados nove meses da cirurgia, qual a sensação de superar um impacto como esse?
Valéria Marinho – Sensação de força, de entendimento de que posso transformar o meu destino. Eu nunca me esqueci disso, dessa imensa capacidade que todos nós temos de conquistar aquilo que desejamos. É assim com a cura. Você tem que acreditar nela. Não há outra possibilidade. É essa crença que me movimenta, que me faz transpor os obstáculos.
 
BoletIN – Você diz, na entrevista à Solange Frazão, que se trata de "um processo de renascimento" e que, depois de uma experiência como essa, passa a ver a vida de um modo mais bonito. O que mais a  gente pode dizer para às pessoas que lutam contra o câncer?
Valéria –A dor do tratamento é temporária. E tem tanto aprendizado nesse caminhar pelo câncer até a conquista de uma nova vida. São pessoas interessantes que conhecemos, são vivências engraçadas nas salas de espera do hospital, são novos motivos para perceber o quanto somos fortes e o quanto nosso corpo é capaz de se renovar. Tudo está na forma de olhar o mundo. Aqueles enjôos da quimio eram mágicos, porque a partir deles eu sabia que as medicações estavam produzindo um efeito benéfico. Então, tem que pensar: que bom que existe quimioterapia, radioterapia, cirurgia. Que bom que a nossa medicina já é tão avançada. E o medo é natural. O ideal é não dar força a ele.
 
BoletIN- E para aquelas que, como você, se livraram da doença?
Valéria –Vivam! Acho que é assim. Todos podem voltar à vida, as suas rotinas, ao seu trabalho. Mas tem que lembrar que cada dia é especial. Então, fazer o simples se torna mais gostoso – um bombom, um cinema, uma leitura interessante, uma conversa com um amigo, um bom cochilo na rede, um carinho em quem se ama. E sempre observando o presente, sem ficar fixado no futuro ou mastigando o passado. Porque é no agora que podemos estar e transformar o mundo.
 

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