Nos dias 27 e 28 de junho, gestores e trabalhadores de seis maternidades brasileiras se reúnem em Belo Horizonte, no Hospital Sofia Feldman, para a I Oficina para Implementação dos Centros de Apoio ao Desenvolvimento das Boas Práticas na Atenção Obstétrica e Neonatal.
A atividade marca o início da formação das maternidades que foram selecionadas como Centros de Apoio da Rede Cegonha: Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Nazaré ( Boa Vista – RR), Hospital Risoleta Neves ( Belo Horizonte – MG), Hospital da Universidade Federal do Maranhão ( São Luiz – MA), Maternidade Escola Assis Chateaubriand ( Fortaleza – CE), Maternidade Balbina Mestrinho ( Manaus – AM) e Maternidade Dona Regina ( Palmas – TO).
Participarão da Oficina cinco representantes de cada Centro de Apoio, a saber: o diretor da maternidade e trabalhadores de enfermagem, ginecologia e obstetrícia, neonatologia e algum trabalhador da área de articulação interna, como a humanização ou a educação permanente. Os apoiadores do Ministério da Saúde para a Rede Cegonha, e das áreas da Saúde da Criança e Política Nacional de Humanização (PNH) envolvidos com o apoio nesses serviços ou estados também participam da atividade.
Durante a oficina, as equipes vão conhecer a proposta dos Centros de Apoio e iniciar a formulação do plano local de cada serviço, para detalhar a inserção de cada maternidade nessa qualificação. As principais diretrizes que vão nortear a formação são a gestão colegiada, acolhimento e classificação de risco, e boas práticas, acolhimento em rede, direito ao acompanhante de livre escolha da mulher, ambiência, monitoramento e avaliação. Após a oficina, a expectativa é que os trabalhadores voltem às maternidades e incluam os colegas na construção e implementação das novidades, conforme a necessidade de cada serviço. “Não há nenhum serviço 100% perfeito, então, a proposta da Formação é desenvolver os serviços em todas as diretrizes da Rede Cegonha. As diretrizes da PNH estão na proposta dos centros de apoio ao desenvolvimento de boas práticas na atenção obstétrica e neonatal. Ninguém está pronto, vão crescer juntos em uma rede colaborativa ”, afirmou a apoiadora da PNH Célia Nicolloti.
Seleção
Para a escolha dos Centros de Apoio, os apoiadores da Rede Cegonha indicaram, no fim de 2012, 16 serviços de todo o país, com base em suas boas práticas no parto e nascimento. A partir da indicação, foram realizadas visitas técnicas de outubro do ano passado a janeiro de 2013, por uma equipe composta pela consultora da PNH referência para a Rede Cegonha Célia Nicolotti, apoiadores da PNH nos territórios, e representantes das áreas técnicas de saúde da mulher, saúde da criança e do Hospital Sofia Feldman, de Belo Horizonte- MG. A equipe realizou rodas de conversa com os gestores e trabalhadores de cada um dos 16 serviços indicados, para falar sobre diferentes componentes das boas práticas de humanização do parto e apresentaram a proposta dos Centros de Apoio. Para que participassem das visitas técnicas de seleção, os serviços tinham que ser 100 % SUS, atender mais de mil partos por ano, atender risco habitual e alto risco, ter gestores comprometidos com a mudança, a ambiência adequada, contar com enfermeiros obstetras realizando parto normal, e realizar assistência humanizada às mulheres em situação de violência e abortamento.
Ano que vem, será verificado se o Centro de Apoio continua coerente com as Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento, para obtenção de certificação. Futuramente, tanto os serviços que participaram desta etapa quantos outros que apresentem experiências expressivas na atenção obstétrica e neonatal poderão ser incorporados como Centros de Apoio.Dos seis serviços selecionados, cinco deles fizeram parte do Plano de Qualificação das Maternidades e Redes Perinatais da Amazônia Legal e Nordeste, iniciativa da PNH e áreas técnicas da Saúde da Criança e Saúde da Mulher que levou o apoio institucional a 26 maternidades da região entre 2010 e 2011 e pode ser considerado um precursor da Rede Cegonha.Para a terapeuta ocupacional do Hospital Sofia Feldman Erika Dittz, que fez parte da comissão de seleção, este fato mostra um resultado do investimento que o Ministério da Saúde tem feito nas maternidades dessas regiões, implantando as diretrizes da PNH desde 2010. Saiba mais sobre o Plano de Qualificação das Maternidades e Redes Perinatais da Amazônia Legal e Nordeste, neste link.
Fonte: Rede HumanizaSUS
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