Notícia

Seminário de Pesquisa do IMS/UERJ acontece dias 21 e 22/10

Encontro anual organizado por estudantes propõe ações a partir de recordações.

10Seminario coletivo estudantesUERJA 10a edição do Seminário de Pesquisa do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ) acontece de 21 a 23 de outubro. O tema do evento é Recordar, narrar, agir: encontros entre sujeitos e coletivos em formação.

Como um exercício de registro da memória do campo e do evento, as atividades foram elaboradas para remeter a recordações e a experiências concretas, como ao envolvimento de sujeitos e coletivos com um projeto de construção do saber e de um Estado mais solidário, como acreditam ser a Saúde Coletiva e a Reforma Sanitária. Os estudantes também buscam retomar as análises conjunturais que escasseiam no cotidiano de  instituições acadêmicas. Os temas serão discutidos no contexto presente, de forma a apontar para a ação e a construção (ou reconstrução) do que nos é comum.

10Semin coletivo estudantesUERJDesde 2006, o evento é organizado anualmente por estudantes,com o apoio do corpo docente e técnico-administrativo da instituição.  As atividades serão nas dependências do IMS/UERJ. Os GTs e trabalhos aprovados estão disponíveis na página do evento no IMS/UERJ http://ims.uerj.br/index.php?p=seminarios&t=1

Inscrições

 

A inscrição como ouvinte  pode ser feita por meio eletrônico pelo link da ficha de inscrição, mas também estará disponível no dia e no local do evento. A submissão de trabalhos foi encerrada em 02 de outubro.

 

 

Programação

 

21 DE OUTUBRO, quarta-feira

HORÁRIO

ATIVIDADE

EMENTA

9h às 12h

OFICINA – Itinerários terapêuticos: desenhos e mediações nas buscas por cuidado em saúde (dia 1)

AISLLAN ASSIS – DO/PPAS (sala 7001E)

São dois os objetivos da oficina: 1) apresentar os itinerários terapêuticos em seus aspectos teóricos e metodológicos por meio de bibliografia nacional; 2) Num exercício criativo, propor a reconstrução de percursos vividos na tentativa de operacionalizar conceitos e técnicas dos itinerários terapêuticos para uso em pesquisas.

OFICINA – Tijolo por tijolo: risque, rabisque, corte, cole e construa uma rede territorial de saúde mental

ALICE MENEZES – DO/CHS

GABRIELA BARRETO – ME/PPAS (sala 6021E)

Os objetivos dessa oficina são: 1) discutir os aspectos que fundamentam a atenção psicossocial como território, clínica ampliada, rede, intersetorialidade e outros; 2) abordar as dificuldades de construção da rede e potências de sua atuação; e 3) propor a construção de uma rede de cuidados que possa facilitar o acesso à assistência de saúde mental. Propõe-se que essa rede seja construída tijolo por tijolo segundo a lógica territorial e o modo psicossocial de cuidado e seja, portanto, uma Rede Territorial de Atenção Psicossocial.

13h às 15h

Grupos de Trabalho

Ver programação:

http://www.ims.uerj.br/index.php?p=seminarios&t=6

15h30: às 18h

auditório

Abertura – CLÁUDIA LEITE MORAES, GULNAR AZEVEDO E GABRIELA BARRETO (IMS/UERJ)

MESA – A Saúde Coletiva narrada pelas mulheres – uma homenagem à Nina Pereira Nunes

GABRIELA BARRETO

IMS/UERJ

LILIA SCHRAIBER

Medicina Preventiva/USP

JANE SAYD

IMS/UERJ

Nas narrativas que tratam da história da Reforma Sanitária e da Saúde Coletiva, temos, majoritariamente, os feitos e conquistas de “grandes homens”, que nos guiaram as ações e o pensamento. Tivemos, também, “grandes mulheres”, algumas inclusas oficialmente entre os nossos mitos, como Maria Cecíla Donnangelo e Madel Luz; entretanto, outras figuras femininas fundamentais da nossa história mantêm-se no imaginário do campo através da transmissão oral, sob o risco, na passagem das gerações, de lento embaçamento. Queremos com esta mesa:

– Registrar memórias de Nina Pereira Nunes, falecida este ano, figura fundamental para o nosso campo/movimento social, em especial para o Instituto de Medicina Social;
– Como desafio, sugerir uma Narrativa Feminina da história do nosso campo/movimento social, resgatando grandes mulheres que compõem com um espaço injustamente reduzido nossos registros míticos;

– Debater a questão: Porque um campo/movimento social construído majoritariamente por mulheres, sobretudo no presente, tem tantas “lideranças” masculinas?

22 DE OUTUBRO, quinta-feira

HORÁRIO

ATIVIDADE

EMENTA

9h às 12h

OFICINA – Itinerários terapêuticos: desenhos e mediações nas buscas por cuidado em saúde (dia 2)

AISLLAN ASSIS – DO/PPAS (sala 7001E)

São dois os objetivos da oficina: 1) apresentar os itinerários terapêuticos em seus aspectos teóricos e metodológicos por meio de bibliografia nacional; 2) Num exercício criativo, propor a reconstrução de percursos vividos na tentativa de operacionalizar conceitos e técnicas dos itinerários terapêuticos para uso em pesquisas.

OFICINA – Introdução aos diagramas causais

TAISA CORTES – DO/EPID (laboratório de informática)

Esta oficina tem como objetivo introduzir a utilização de diagramas causais em epidemiologia.

OFICINA – Teatro do Oprimido

CÉSAR PARO – ME/PPAS (sala 7003E)

Esta oficina tem como objetivo refletir sobre as possibilidades de intercessão entre o Teatro do Oprimido e a Saúde Coletiva, propondo a formação de um diálogo que seja potencializado numa perspectiva crítica de reinvenção, mudança e inovação, para que indivíduos e coletividades possam atuar em melhorias de suas qualidades de vida e saúde, tendo como valores a cidadania, participação popular, autonomia e protagonismo social.

13h às 15h30

Grupos de Trabalho

Ver programação:

http://www.ims.uerj.br/index.php?p=seminarios&t=6

15h30 às 18h30

auditório

MESA – Crise do Estado Brasileiro: Conjuntura histórico-institucional e perspectivas de ação

ROBERTA DORNELES

IMS/UERJ

SARA GRANEMAN

Serviço Social/UFRJ

JOSÉ MAURÍCIO DOMINGUES

IESP/UERJ

Cenário Brasileiro: insatisfação popular generalizada, tensões crescentes entre os Poderes da República, importantes instituições e políticas Estatais em franca degradação. As próprias Elites parecem conflitar-se em torno de projetos distintos: um país alinhado às instituições globais, comungando de uma perspectiva neoliberal de desenvolvimento, ou um Estado que preserve os interesses particularistas e clientelísticos de seu Patronato? Ao olharmos a dinâmica política contemporânea, vemos um Ministro da Fazenda, que representa o primeiro projeto, apresentando a “transformação” através de propostas que devem ser chanceladas pelo Legislativo, onde predomina o alinhamento com o segundo. Ministro da Fazenda que faz parte de um governo liderado por um partido de “esquerda”, que assume o seu Ministro de maneira envergonhada. Neste campo de forças conflitivas, o aparato institucional blinda-se à participação popular direta, invisibilizando sua expressão ou apropriando-se dela indiretamente. Queremos com esta mesa:

– Tendo em conta que o Brasil é um país entre outros, imensamente interdependentes, que compõem um Sistema Global, compreendê-lo nesta dinâmica, sobretudo no momento em que aparecem, novamente, dois grandes polos de poder planetários: EUA/União Européia e China/Rússia;

– No cenário interno, delinear os grupos e projetos que disputam o Estado. Nesta disputa, analisar os movimentos internos à Sociedade Brasileira;
– Em meio aos conflitos, o que serão dos nossos direitos sociais, já tão fragmentados e focalizados? Saúde e Educação, por exemplo, tendem a permanecer Universais, na letra da lei?

– Podemos escapar da Distopia? Podemos sonhar e propor um projeto comum?

23 DE OUTUBRO, sexta-feira

HORÁRIO

ATIVIDADE

EMENTA

9h às 12h

OFICINA – Itinerários terapêuticos: desenhos e mediações nas buscas por cuidado em saúde (dia 3)

AISLLAN ASSIS – DO/PPAS (sala 7001E)

São dois os objetivos da oficina: 1) apresentar os itinerários terapêuticos em seus aspectos teóricos e metodológicos por meio de bibliografia nacional; 2) Num exercício criativo, propor a reconstrução de percursos vividos na tentativa de operacionalizar conceitos e técnicas dos itinerários terapêuticos para uso em pesquisas.

OFICINA – Como medir desigualdades sócio-econômicas em saúde?

RONALDO ALVES – DO/EPID

ADELSON JANTSCH – ME/EPID (laboratório de informática)

Serão discutidos conceitos e métodos relacionados à mensuração das desigualdades socioeconômicas em saúde, usando o índice angular de desigualdade (em inglês, “slope index of inequality”) e o índice relativo de desigualdade (em inglês, “relative index of inequality”).

OFICINA – Reflexões sobre medicalização da alimentação e suas implicações nas práticas de cuidado nos serviços de saúde

KELLY ALVES – DO/PPAS

CAROLINE NIQUINI – ME/PPAS (sala 7004E)

O objetivo da oficina é promover o debate e a reflexão acerca da medicalização da alimentação e suas implicações nas práticas de cuidado nos serviços de saúde. Para tanto, partirá da apresentação de perguntas geradoras sobre o conceito de medicalização e de sua relação com a alimentação no contexto atual.

OFICINA – Narrativas dos interditos: corpo, estado e violência

FÁBIO ALVES – IFRJ

LETÍCIA CARVALHO – FGV (auditório)

A partir da apresentação das trajetórias de pesquisas por Fábio Araújo e Letícia Mesquita pretendemos com essa Oficina produzir um espaço de reflexão e troca sobre as consequências éticas e políticas nas escolhas e conduções das pesquisas sociais. Ao se lançarem em campos marcados por condições de violência e de sofrimento, com sujeitos e coletivos assujeitados ao silenciamento e à invisibilidade, ambos revelam a partir de suas pesquisas limites e possibilidades (a partir) das construções narrativas.

13h às 15h30

Grupos de Trabalho

Ver programação:

http://www.ims.uerj.br/index.php?p=seminarios&t=6

14h30 às 15h30

PERFORMANCE – Todo sonho bem sonhado pode um dia virar realidade

Concepção e realização: Diogo Rezende e Tania Alice – Performers sem Fronteiras/ UNIRIO.
Participação dos usuários do CPRJ: Rogério dos Santos, Glaucia da Cena, Sérgio Guimarães e Marcelo de Oliveira

(sala 7003E)

Trata-se de uma proposta de ação em performance que irá jogar com os lugares tradicionalmente colocados nas relações entre profissionais de saúde e usuários da saúde mental, borrando as fronteiras entre essas relações. Os participantes do evento serão convidados a participar de uma proposta terapêutica conduzida por usuários do CPRJ, instaurando-se ali uma atmosfera lúdica e descontraída para disparar questões sobre o funcionamento da rede de saúde e sobre as minúcias das relações entre profissionais e usuários da saúde.

15h30 às 18h30

auditório

MESA – Encontro entre sujeitos e coletivos no processo social da saúde

STEPHANIE LIMA

IMS/UERJ

LEANDRO FARIAS

Chega de Descaso

BÁRBARA AIRES
Ativista e militante trans

KÁTIA LOPES

Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro/FAFERJ

O processo social da saúde no Brasil é marcado pela luta e conquista do direito constitucional a saúde e pela criação e constante aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) de caráter universal e equitativo. Todavia, os conflitos e interesses, expostos ou não, nas arenas onde se dão as histórias desse processo, evidenciam disputas entre sujeitos que por um lado ou agem na direção de avançar na consolidação do direito e sistema de saúde, ou por outra via buscam modificá-los a favor de interesses coincidentes ou não com as necessidades e aspirações de outros tantos abarcados ou participantes do processo social da saúde no país. As arenas onde sujeitos e coletivos forjam suas lutas e disputas são sem dúvida momentos e espaços que merecem estudo e compreensão, afim de entendê-las dentro do longo processo social que vivemos sem tirá-las da História, mas tomando – as como encontros onde se materializam as forças, os interesses e também os conflitos que envolvem a invenção e a direção da saúde coletiva da sociedade.

Essa mesa propõe a ser um desses encontros, onde sujeitos participantes do processo social da saúde, representantes de diferentes coletivos, possam ter um momento e espaço para refletir e comunicar seus interesses, expondo conflitos ou até mesmo a direção que buscam dar aos processos de saúde e doença que agem e que deles sobrevivem. Como encontro, busca colocar lado a lado diferentes sujeitos (trabalhadores, ativistas e gestores) que em grupos, nos movimentos sociais ou em instituições agem e mantém em constante modificação a direção e os resultados do sistema e do processo de saúde.

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