Emocionada com as notícias sobre a enchente nos municípios do Acre – que até a última segunda-feira, 27, já tinha atingido mais de 100 mil pessoas –, a coordenadora do Lappis, Roseni Pinheiro, fez questão de lembrar a importância do Sistema Único de Saúde em momentos difíceis como esse. Para ela, a defesa do SUS é a defesa da vida.
"Quando vejo cidades inteiras nessas condições e quando percebo o movimento de pessoas pra sobreviver e a solidariedade que surge a partir daí, isso me deixa cada vez mais convencida de que a gente tem que lutar por políticas públicas eficazes na saúde para fortalecer o SUS sempre", disse a pesquisadora apontando a presença do SUS e de toda a rede pública de saúde, desde a vigilância epidemiológica até a vigilância sanitária, no atendimento às vítimas.
"As unidades de saúde ficam submersas, mas os gestores e profissionais, não", lembra Roseni, fazendo referência também a tragédia das chuvas que abalaram Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, há pouco mais de um ano. "Nesses momentos, a rede de serviços de saúde (da atenção básica à alta complexidade) deve se mobilizar inteiramente, de modo a se transformar num porto seguro para toda a gente, não somente de um mas de todos os municípios afetados".
Seminário de Integralidade
Em agosto, entre os dias 13 e 17, Rio Branco sediará o XII Seminário do Projeto Integralidade em Saúde que durante uma semana irá reunir estudantes, pesquisadores, gestores, trabalhadores, usuários, docentes e associações públicas das cinco regiões do Brasil e de países vizinhos para discutir a universalidade do acesso à saúde, o cuidado, a humanização, a formação médica, a comunicação, entre outros temas. "Tenho absoluta convicção de que o aguerrido povo acreano vai superar essa dificuldade de hoje e que em agosto estaremos todos juntos para discutir a saúde coletiva, os problemas que atingem a região e a revitalização do SUS no Estado e no país", conclui Roseni.
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