O terceiro dia do II Fórum BVS Fiocruz e do IX Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz, dia 5 de dezembro, foi marcado pela exposição de projetos de pesquisa da rede de bibliotecas virtuais e físicas da Fiocruz.
Manoel Silva Barata, mestrando em biblioteconomia da Unirio, apresentou o projeto Digitalizar para preservar e difundir: estudo de caso do acervo de Obras Raras da Biblioteca de História e da Saúde da Fiocruz, desenvolvido por ele, Eliane Monteiro de Santana Dias e Aline Gonçalves da Silva. O trabalho relata a experiência das etapas do projeto de digitalização de obras raras da Biblioteca de História das Ciências da Saúde, pertencente à Casa Oswaldo Cruz, e o panorama do estado atual da preservação do acervo da biblioteca. “A biblioteca tem 50 mil itens entre literatura primária e secundária. Destes, 66% estavam em bom estado, 28% em estado regular e 6% em péssimo estado. Já conseguimos digitalizar 9% do acervo raro, cerca de 80 livros”, informou.
Outro projeto de pesquisa exposto foi o Recursos Educacionais Abertos e a Biblioteca Virtual em Educação Profissional em Saúde: garantindo a acessibilidade das informações, desenvolvido pela Cristiane Batista, Luciana Danielli, Valéria Machado da Costa, Aline da Silva Alves, Beatriz Pereira Teixeira da Silva, Creuza Stephen Figueira e Ana Paula de Souza Gomes. O trabalho tem como objetivo realizar um levantamento sobre os recursos presentes das escolas, tais como: número de bibliotecários e de microcomputadores; presença de acervo físico; número de usuários cadastrados; cursos técnicos e de pós-graduação; e produção de materiais. “O projeto pretender gerar acesso digno ao conhecimento. Estamos conhecendo quem são esses bibliotecários. Sem bibliotecário não há informação. Sem informação, não existe conhecimento”, comentou Cristiane Batista.
Em seguida, Vânia Guerra da Silva, especialista em Informação Científica e Tecnologia em Saúde/iCICT/Fiocruz, apresentou o trabalho Perspectivas para a democratização do acesso à informação em saúde em bases de dados nacionais e internacionais, desenvolvido por ela, por Gisele da Rocha Ribeiro e por Maria da Conceição Arruda. Vânia salientou que com a ampliação da oferta de serviços, recursos e artefatos informacionais estamos vivenciando a consolidação da verticalização e da hierarquização do acesso às bases de dados cientificas. “A maior parte dessas bases são privadas e seu acesso está restrito àqueles que pagam por ele ou estão vinculadas a uma instituição. Esse tipo de restrição faz com que o usuário não domine os conhecimentos necessários para utilizar o banco de dados na sua potencialidade de informação”.
Novas estratégias comunicativas como fator de qualidade na interação de surdos em ferramentas de recuperação da informação foi outra pesquisa apresentada. O trabalho, desenvolvido pela Aline da Silva Alves e pela Viviane Santos de Oliveira, ganhou o Prêmio Emerald 2013 de incentivo à pesquisa, na categoria Ciência da Informação. Durante a exposição, Aline e Viviane explicaram a dificuldade dos surdos em entender a língua portuguesa escrita. “O vocabulário de libras é mais simples. Existem palavras em português que não existem em libras. Por conta disso, há essa dificuldade. Sendo assim, a ideia é escrever em português com estrutura gramatical de libras”, comentaram.
No ocasião, as bibliotecárias puderam conhecer também os projetos: Colaboração e compartilhamento em grupos de pesquisa: a contribuição do Bibliotecário para otimizar o acesso à base de dados na pesquisa em saúde; Biblioteca Virtual de Bioética e Diplomacia em Saúde: critérios e etapas no processo de seleção do acervo bibliográfico; e A Gestão de periódicos eletrônicos na Biblioteca de Ciências Biomédicas da Fiocruz.
Encerramento do Encontro
O II Fórum BVS Fiocruz e o IX Encontro da Rede de Bibliotecas da Fiocruz terminaram as atividades no dia 6 de dezembro. Na ocasião, o grupo de bibliotecários/as discutiram o regimento interno, a política de desenvolvimento de coleções e o calendário e plano de ações para 2014.
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