Rafaela Zorzanelli, psicóloga, professora adjunta do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pós-doutora pelo IMS/UERJ em parceria com o Instituto Max Planck de História das Ciências de Berlim (Alemanha), é mais uma das pesquisadoras do Lappis no VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Ela coordenará os/as pesquisadores/as que apresentarão os trabalhos sobre ‘Diagnósticos psiquiátricos em voga: um debate critico’, do Grupo de Trabalho ‘Diagnósticos psiquiátricos e globalização da saúde mental: desafios atuais’.
A pesquisadora explica que o tema, que será coordenado em parceria com o colega e pesquisador do Lappis Francisco Ortega, é inspirado por pesquisas prévias, mas também pela publicação recente da quinta edição do principal manual classificatório dos transtornos mentais, criado em território norte-americano, o DSM-5 e pelos debates sobre Global Mental Health, iniciados em território internacional desde 2007. “O referido manual, em suas edições anteriores e certamente também nessa, obteve um surpreendente impacto na cultura, na mídia impressa, nos movimentos de grupos de pacientes, nas manifestações de ativismo, dentre outros”, esclarece.
Segundo ela, as apresentações têm por objetivo debater as classificações psiquiátricas, sobretudo no dilema da medicalização e da falta de acesso a cuidados básicos. “Pretendemos construir um espaço para discussão e troca de experiências relativas aos usos particulares do saber médico/psiquiátrico e das classificações e dos diagnósticos em circulação em contextos sociais específicos e, sobretudo, no SUS”, reforça.
Rafaela, que também coordenará a conferência do professor Laurence Kirmayer, diz que espera levar ao pé da letra a ideia que move o VI Congresso, que é a de ‘fazer circular os saberes’. “Minhas expectativas são de que o evento seja um espaço de troca intelectual entre pesquisadores de áreas afins – o que nem sempre acontece, mesmo com colegas próximos, em função da falta de oportunidade e da correria das atividades individuais. Um congresso desse porte nos oferece essa possibilidade, permitindo que possamos assistir apresentações, que conheçamos trabalhos depesquisadores de outras regiões do país e até de fora do Brasil, favorecendo reais oportunidades de aproximação entre os participantes”, observa.
Que maravilhoso! Drª Rafaela Zorzanelli é incrivel.