Notícia

Oficina mostra resultados de pesquisas sobre práticas avaliativas e integralidade na Atenção Básica

altTrajetórias assistenciais, itinerários terapêuticos, Gestão e Organização foram alguns dos assuntos apresentados durante a Oficina Técnica sobre Práticas Avaliativas e Integralidade na Atenção Básica em Saúde. A coordenadora de Acompanhamento e Avaliação de Atenção Básica do Ministério da Saúde Iracema Benevides e a Profª Zulmira Hartz estiveram presentes no evento.

Promovida pelo LAPPIS, a Oficina Técnica sobre Práticas Avaliativas e Integralidade na Atenção Básica em Saúde foi realizada entre os dias 27 e 28 de fevereiro no Rio de Janeiro (RJ). O objetivo geral das pesquisas apresentadas era analisar os métodos de avaliação desenvolvidos na Atenção Básica em sistemas municipais de saúde, a partir do estudo das práticas de integralidade na gestão e organização dos serviços e nos conhecimentos e exercícios dos profissionais.
 
Rio Branco (AC), Cuiabá (MT), Juiz de Fora (MG) e Piraí (RJ) foram os campos de investigação analisados pelas pesquisas e representados, respectivamente, por Juliana Lôfego (Universidade Federal de Rio Branco – UFAC/ Secretaria de Estado de Saúde – AC), Rosiney Bellato (Faculdade de Enfermagem – Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT), Fátima Tavares e Estela Saraiva Campos (Ciência da Religião / Núcleo de Assessoria, Treinamento e Estudos em Saúde -NATES / Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF) e Aluisio Gomes Jr (Universidade Federal Fluminense – UFF/RJ). Entre os tópicos estudados, estão as trajetórias assistenciais, itinerários terapêuticos, gestão e organização.
 
Angélica Fonseca, Carla Martins e Ana Lúcia Pontes (Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV / Fiocruz) apresentaram um estudo sobre a contribuição dos Agentes Comunitários de Saúde para a avaliação na Atenção Básica. O uso e influências de pesquisas alternativas na Atenção Básica foram colocados em pauta por Maria Bernadete Pires. A professora doutora mostrou os resultados de sua pesquisa realizada no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), instituição na qual atua.
 
O evento contou com a participação integral da coordenadora de Acompanhamento e Avaliação de Atenção Básica do Ministério da Saúde Iracema Benevides. Para ela, o investimento do saber prático é de suma importância para o gestor. “Parabenizo a capacidade de inovação e renovação proposta pelas pesquisas. Avançar em territórios novos, hoje, se faz necessário”, comenta. Benevides afirma que o conceito do indivíduo na integralidade e prática avaliativa inserida nessa observação é “encantador”. “O acesso à fala do usuário é uma força muito interessante. O fortalecimento institucional da avaliação permite uma abertura do Ministério para a investigação, o que possibilita mais investimentos nesse campo. É importante lutar por esse ideal e abrir espaço para novas vozes”.
 
altZulmira Hartz, presente no segundo dia da oficina, acredita que as avaliações devem ser usadas na prática por completo, e não apenas os seus resultados. “Os nossos julgamentos devem ser aproveitados para a prática. Apresentar a reação e interpretação dos estudos, documentar cada evidência, aproveitar o todo e usar essa ferramenta também para a educação”, diz a pesquisadora e professora da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-Fiocruz). Roseni Pinheiro, em sua apresentação sobre a metodologia utilizadas na pesquisa, afirmou que as práticas avaliativas devem garantir a inclusão dos usuários na tomada de decisão sobre o sentido de suas necessidades e de busca de cuidado. A coordenadora do LAPPIS chamou atenção também para a importância do espaço para a devolutiva. “É o registro da declaração pública da pesquisa”.

 
Paulo Henrique Martins, Tatiana Gerhardt, Ana Paula Guljor e Alda Lacerda participaram da oficina como convidados. Os resultados das pesquisas serão registrados em nova coletânea, a ser lançada no primeiro semestre, com a realização do Simpósio Atenção Básica e Integralidade: limites e possibilidades das práticas avaliativas em Saúde, cancelado em novembro do ano passado. 

 

alt
alt
alt

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*