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“O Outro como a face do cuidado: é possível manter uma relação de si com o Outro?” Por que o outro e não nós?

A mesa da manhã desta quinta-feira (11/09) com o tema “O outro como face do cuidado: é possível manter uma relação de si com o outro?” mediada pelos professores José Ricardo Ayres (Medicina-USP), Carlos Estellita-Lins (IFF-Fiocruz), Maria Elizabeth Barros de Barros (PPGPSI-UFES) e  Antonio Maia, (PUC e UERJ) coordenada pela professora Madel Therezinha Luz, teve como intuito agregar reflexões no sentido de mostrar a questão do relacionamento do cuidado com o “outro”.

De acordo com o professor Carlos Estelita-Lins, que propôs uma reflexão a este respeito, é preciso discutir a imagem do cuidado e a possibilidade da manutenção de uma relação de si com o outro.

 
Maria Elisabeth Barros de Barros apresentou sua pesquisa “De amoladores de facas e cartógrafos: a atividade do cuidado” e falou da importância de recusar o mandato social e de expor uma noção de cuidado que anule a vida em sua potência expressiva. Ela ainda destacou a questão do trato como uma clínica que envolve primordialmente a resistência.
 
Já o pesquisador José Ricardo Ayres lembrou que a integralidade é um princípio de que não se deve abrir mão.  Além disso, problematizou o título da mesa: “Por que os outros e não nós?”
 
Para finalizar, a professora Madel Luz, que coordenou a mesa, resumiu as idéias dos expositores fazendo as seguintes perguntas: “O que é cuidar?” “Quem cuida do cuidado?” Ela chamou atenção para o tema e destacou a importante relação daquele que trata, em detrimento do que recebe os cuidados. Afinal, há somente o “outro” ou há um “nós” que engloba os serviços utilizados pelos usuários? Ela salientou também a importância de se dialogar nestas duas vias.

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