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CBCSHS: novas etapas de organização

CBCSHS final de junho_1.jpgReunião define atividades do Congresso e avaliação de trabalhos

 

Importantes etapas preparatórias do VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde acabam de acontecer na cidade do Rio de Janeiro. Desta vez, entre 26 e 28 de junho, duas reuniões foram realizadas, no Instituto de Nutrição Annes Dias, a fim de encaminhar alguns aspectos estratégicos e operacionais da organização do evento.

A primeira atividade foi a reunião da Comissão Científica, nos dias 26 e 27 de junho, que, segundo André Luís de Oliveira Mendonça, secretário executivo do Congresso e pós-doutorando do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/Uerj), teve, em linhas gerais, o objetivo de avaliar as propostas de atividades apresentadas para os grupos temáticos (GTs). “Estamos no momento específico de avaliação, tanto das propostas de atividades dos GTs, com várias modalidades, desde fóruns até palestras, passando por mesas-redondas e oficinas (…). A Comissão Científica está acertando alguns detalhes para em seguida fornecer a divulgação desses resultados aos coordenadores dos GTs”, explicou André. 

Já no dia 28 de junho, teve lugar um encontro específico da Comissão Científica com a maior parte dos/as coordenadores/as dos mais de 30 GTs previstos para o VI Congresso, possibilitando que fosse compartilhado um panorama do andamento da avaliação dos resumos submetidos. Além disso, estiveram na pauta alguns aspectos técnicos, relacionados ao uso do sistema de informação que gerencia os dados referentes ao congresso, e outros pontos mais acadêmicos, associados aos critérios adotados para seleção de trabalhos que vão compor os GTs, nas modalidades de comunicação oral ou pôsteres.
 

O Lappis no VI Congresso e as atuais reivindicações no Brasil

O Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde (Lappis) vem participando do processo de organização e concepção do VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas, com pesquisadores/as integrando a coordenação de GTs e a comissão organizadora. Entre eles/as, está Roseni Pinheiro, coordenadora do Lappis e vice-presidente do VI Congresso e que comentou como vem sendo esta participação: “O Lappis, desde o início, tem apoiado a organização. Até essa etapa, apoiou de uma forma significativa a pavimentar este solo de reflexões, subsidiando através da nossa metodologia de redes multicêntricas de pesquisa. Com essa metodologia, conseguimos influenciar, de certo modo, o trabalho, fazendo um processo ascendente de organização, com maior autonomia para coordenadores de GTs e o compartilhamento dos espaços de validação dialógica do que está sendo apresentado como estudo”.

altRoseni também chamou a atenção para a importância do Congresso está sendo organizado no atual momento político do Brasil, com manifestações populares e reivindicações diversas por todo país, inclusive no contexto da saúde. “É muito revitalizante estarmos no epicentro de uma revolução de mobilizações sociais em torno de direitos, de uma pluralidade de direitos bastante significativa. O tema da saúde hoje no universo de protestos vistos no país é bem emblemático, e o VI Congresso ganha importância nesta perspectiva da luta por direitos, porque ele está permeável a este momento”, ressaltou a vice-presidente. Para ela, as demandas que ganham força nas ruas se fazem presente neste espaço, na medida em que diferentes segmentos de lutas por direitos pautam a agenda do congresso, com temáticas sendo incorporadas à programação e às diferentes formas de diálogo e circulação de saberes.

No que diz respeito à integralidade e ao direito à saúde, eixos centrais nas linhas de atuação do Lappis, ela avalia que, além de haver um GT específico no VI Congresso denominado “Direito à Saúde – Integralidade , Responsabilidade Pública e Diversidade na Saúde Coletiva”, há uma sinergia com o tema principal desta edição, que é “Circulação e diálogo entre saberes e práticas no campo da saúde coletiva”. Segundo Roseni, “a questão da integralidade e do direito à saúde é inerente à efetivação da integralidade como um princípio e princípio como ação. (…) Vamos poder criar, constituir e fortalecer redes ativas de problematização, de estudos que vão subsidiar inúmeras investigações para o tema do direito à saúde e integralidade. Esse que é o grande ganho”.
 

Experiência acumulada e trabalho cooperativo como diferenciais

Para Kenneth Rochel de Camargo Jr., presidente do VI Congresso e também da Comissão Científica, o acúmulo de experiência de diferentes membros da Comissão de Ciências Sociais e Humanas da Abrasco a partir da realização de eventos como esse tem sido fundamental para a organização e o andamento do cronograma de trabalho desta edição. Ele enfatizou ainda o papel de um trabalho participativo como diferencial para a construção do VI Congresso: “Esse momento agora é mais um passo em uma caminhada que começou desde o final do ano passado, no sentido de irmos definindo a programação e ir trabalhando da forma mais cooperativa possível. Toda a lógica do congresso tem sido de ser o mais aberto, democrático e dialogado com todas as áreas possível. Por exemplo, em vez de determinarmos os eixos temáticos, abrimos para que a comunidade se manifestasse e dissesse quais eram os temas que queria trabalhar e, a partir daí, foram construídos os GTs”.

Fazendo um breve panorama, Kenneth antecipou que, entre os resumos apresentados, há trabalhos de boa qualidade, o que evidencia a expectativa de que o VI Congresso seja, de fato, muito interessante. Como próximos passos, o presidente do VI Congresso ainda ponderou que há questões de programação para serem fechadas, embora já haja avanços em termos de definições sobre mesas, conferências e grandes debates, com uma nova reunião da Comissão Científica prevista para setembro, estando tudo de acordo com o cronograma estabelecido.

altDe acordo com Thiago Barreto, secretário executivo adjunto da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), entidade organizadora do VI Congresso, a expectativa é concluir a avaliação dos resumos de trabalhos apresentados aos GTs ainda no início de julho, divulgando os selecionados até o final deste mês. No entanto, conforme ressaltou Thiago, pessoas que não submeteram trabalhos também podem participar do Congresso: “A participação não está condicionada ao envio de trabalho. A inscrição é feita pelo site e lá há todas as informações relacionadas a prazos e condições de pagamento e pode ser feita até o final de outubro”, complementou.

Para mais informações, as pessoas interessadas podem visitar o site do evento www.cienciassociaisesaude2013.com.bre também a página VI Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde no Facebook. 

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