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INTERCULTURALIDADE EM EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE SAÚDE INDÍGENA É TEMA DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO NA UNB

Com orientação da Professora Doutora Helena Eri Shimizu, a agora Mestre Mirian Benites Falkenberg defendeu, em 14 de março de 2014, no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, da Universidade de Brasília, sua dissertação sobre o tema Representações sociais do cuidado entre trabalhadores que atuam em contextos de interculturalidade na atenção à Saúde Indígena.
Numa perspectiva interdisciplinar, Miriam utilizou referenciais teóricos e metodológicos tributários da Teoria das Representações Sociais (TRS), de Serge Moscovici, e da Saúde Coletiva, no que tange ao tema do Cuidado. Foram entrevistados trabalhadores de saúde não indígenas (enfermeiros, dentistas, técnicos de enfermagem) e trabalhadores indígenas (Agentes Indígenas de Saúde – AIS e Agentes Indígenas de Saneamento – AISAN) situados em três polos-base do Dsei Litoral Sul/RS, localizados nos municípios de Barra do Ribeiro, Osório e Viamão. Dentre as questões levantadas, destacam-se as dificuldades dos trabalhadores em efetivar práticas de cuidado integrais relacionadas, principalmente, a uma visão estática de cultura, descontextualizada de processos sociais, econômicos e políticos de violência estrutural infringidos às famílias Mbyá-Guarani. Como potencialidades, existem experiências pontuais de diálogo, negociação, inclusão de saberes e necessidades dos indígenas, mas os trabalhadores ainda precisam encontrar formas de desenvolver seu protagonismo para alcançar práticas de cuidado integrais.




 
Mirian Falkenberg entre a banca composta por: Professora Doutora Helena Eri Shimizu (UnB), Professor Doutor Cláudio Fortes Garcia Lorenzo (UnB), Professora Doutora Roseni Pinheiro (LAPPIS/IMS/UERJ), Professora Doutora Maria da Graça Luderitz Hoefel (UnB) .
Mirian responde ao BoletIN:
BoletIn: Quais foram as questões mais relevantes que podem contribuir para a efetivação da integralidade do cuidado?
Mirian: O estudo buscou conhecer e analisar as representações sociais do cuidado entre trabalhadores que atuam em contextos de interculturalidade, na atenção à saúde indígena, e poderá contribuir para a reflexão destes e de outros trabalhadores de saúde no sentido de compreenderem seu papel de protagonistas nas mudanças que precisam ser implementadas em busca de práticas de cuidado humanizadas e sensíveis à todos os tipos de diferenças entre as pessoas.
BoletIn: Como você avalia a defesa da dissertação, considerando a avaliação positiva da banca?
Mirian: A defesa da dissertação foi marcada positivamente pelos comentários e contribuições da banca formada pelos professores Cláudio Garcia Lorenzo (UnB) e Roseni Pinheiro (UERJ), com vasta experiência acadêmica no campo da Bioética e da Saúde Coletiva, respectivamente. As professoras Helena Eri Shimizu (orientadora) e Ximena Pamela Díaz Bermudez (co-orientadora), e eu, autora da pesquisa, nos sentimos muito felizes e honradas neste encontro único e tão produtivo para a ciência.
 
Roseni Pinheiro, que compôs a banca, deu seu depoimento: “Trata-se de importante contribuição para elaboração de estudos sobre a integralidade do cuidado na atenção à saúde de populações específicas. Um trabalho acadêmico valioso, que nos oferece questões instigantes para tratar da temática da saúde indígena, e mais do que isso, essa dissertação foi realizada por uma pesquisadora implicada com a política nessa área, como é o caso da Mirian. Minha gratidão pela experiência de conhecê-los, por mais esse aprendizado”.

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