A Humanização do parto deve ser entendida como um processo que amplia a consciência de que o nascimento não é algo mecânico e sim natural. Claro, a partir do momento em que hospitalizamos os nascimentos, por questões de segurança, criou-se uma dificuldade em manter esse mesmo entendimento. Cerda de 20% dos partos necessitam de algum tipo de cuidado especial para a gestante ou para o bebê, por isso, a obstetrícia deve continuar acompanhando o processo, mas sem intervir a qualquer custo, que é o que estamos acostumados a ver em muitos hospitais.
O termo “Humanizar” também está relacionado à perceber, refletir e respeitar os diversos aspectos culturais, individuais, psíquicos e emocionais da mulher e do contexto familiar a qual ela se insere. O parto humanizado é hoje uma das bandeiras levantadas pelo Ministério da Saúde. Por isso, os hospitais que fazem parte do programa Rede Cegonha, por exemplo, receberão recursos financeiros tanto parra a montagem quanto para o custeio de Centros de Parto Normal. A ideia é ampliar e qualificar a estrutura de atendimento para as mães, bebês e acompanhantes. A atenção humanizada ao parto e ao nascimento do bebê é importante para o fortalecimento do protagonismo e da autonomia da mulher neste momento.
“Para mudarmos o mundo precisamos mudar a forma como nascemos”. Essa foi a frase proferida pelo grande médico francês Michel Odent, que serve de mote e gancho principal para as discussões do documentário “Renascimento do Parto”, dirigido por Eduardo Chauvet, com roteiro de Érica de Paula. O filme levanta, de maneira pioneira e ousada, uma reflexão sobre o nascimento no século XXI, explorando o número alarmante de cesarianas e partos com intervenções traumáticas em todo o mundo. Devemos nos preocupar bastante com isso, já que o Brasil é o país que mais realiza cirurgias em gestantes! Obstetras, doulas, antropólogos, artistas e outras personalidades chaves para o assunto participam do filme, mostrando a importância de se manter a filosofia do parto natural e humanizado. Representando o programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde, a obstetra Esther Vilela contribui para o debate sobre o tema ao longo do documentário.
Assista ao trailer oficial: https://www.youtube.com/watch?v=1zB-5ASFqm0
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