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Guarani-Kaiowá: Governo suspende liminar mas a luta continua

guarani_kaiowa4.jpgA pressão popular em apoio à luta dos índios Guarani-Kaiowá tem feito avanços.Na última terça-feira, o Governo Federal suspendeu a liminar que determinava a retirada da comunidade indígena de suas terras, em Mato Grosso do Sul. Mas a situação dos 170 Guarani-Kaiowá ainda exige cautela. Nesta quinta, 1, uma Audiência Pública no Senado Federal debaterá o assunto. Os índios pedem projeto.

De acordo a Agência de Notícias para a América Latina e o Caribe (ADITAL), foi a própria ministra da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, Maria do Rosário, quem deu a notícia sobre a suspensão da liminar, em primeira mão, na sua conta pessoal no Twitter. A ministra comemorou a decisão: "De acordo com essa decisão, os indígenas ficam onde estão! Agora lutaremos p/agilizar o processo de estudos p/ demarcação desse território”.

Para entender a notícia

Em setembro, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) decidiu que os 170 Guarani-Kaiowá deveriam abandonar suas terras tradicionais, que são cobiçadas por fazendeiros do Estado. Mesmo assim, os indígenas decidiram permanecer no local e partir para a ação. Recentemente, tornaram pública uma carta onde expunham sua situação histórica e anunciavam que lutariam por suas terras até o fim.

A partir daí, o caso ganhou repercussão internacional e recebeu inúmeros apoios. Nas redes sociais, muitas foram as manifestações de solidariedade aos Kaiowá-Guarani. Pela Internet, era possível juntar-se à luta compondo um abaixo-assinado pela suspensão do despacho. As manifestações de apoio também ganharam as ruas e manifestações começaram a acontecer em todo o país.

Fiquemos atentos ao desenrolar dos fatos. No site do Lappis, você pode ler uma excelente reflexão da jornalista Eliane Brum a partir do episódio. Na nossa página principal, disponibilizamos o documentário “À sombra de um delírio verde”, dirigido por An Baccaert, Cristiano Navarro e Nicola Um. O vídeo denuncia o processo de genocídio dos índios Guarani-Kaiowá e foi o vencedor do 45º Prêmio Margarida de Prata, concedido em março deste ano pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

 

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