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Fórum da Rede BVS Brasil

bvs_2.jpgBVS Integralidade participou do encontro que reuniu mais de 30 instâncias da rede

Uma intensa troca de informação e debates sobre os desafios e o fortalecimento da Rede de Bibliotecas Virtuais em Saúde no Brasil. Foi essa a tônica do Fórum que aconteceu nos dias 25 e 26 de abril, no Museu da Vida, na Fiocruz, reunindo representantes de mais de 30 BVS – entre elas, a BVS Integralidade – e gestores da Organização Pan-americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde (Opas/OMS), Biblioteca Regional de Medicina (Bireme) e Ministério da Saúde.

bvs_3.jpgDurante a mesa de abertura, Nando Campanella, coordenador de Gestão do Conhecimento e Comunicação da Opas/Brasil, lembrou que os objetivos do milênio pós-2015 serão focados em doenças não-transmissíveis e que, nesse contexto, a informação em saúde terá papel de “protagonista”.

Para Nísia Trindade, vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz), a política de acesso livre é fundamental para a construção da cidadania e democracia brasileiras. “A rede colaborativa e o acesso à informação são elementos-chave das Bibliotecas Virtuais”, completou.

bvs_5.jpgNa manhã de sexta-feira, um painel intitulado “BVS: desafios e perspectivas em prol da auto-sustentabilidade” colocou em discussão as dimensões política, financeira, metodológica e tecnológica das BVS. A coordenadora do Lappis e da BVS Integralidade, Roseni Pinheiro, participou da mesa e fez questão de enfatizar a dimensão política do sentido de rede e reafirmar o papel da informação como um bem público.

“A rede faz parte do processo de democratização da informação no país e assume importância fundamental uma vez que compila um conjunto de temáticas absolutamente candentes e que estão em discussão no campo da saúde pública no Brasil”, disse Roseni, ressaltando a importância da rede para a difusão e divulgação do conhecimento.

Para a coordenadora da BVS-Integralidade, trabalhar em rede, na forma contemporânea, significa muito mais pensar da base para o centro do que no sentido inverso. “Não se pode criar um ebotamento de uma capacidade criativa”, declarou. “Estamos vivenciando um momento único de ampliar nossos laços e fortalecer as bibliotecas virtuais, que são instituições que tentam diminuir a lacuna entre comunicação e informação”.

O painel contou ainda com a participação de Verônica Abdala e Renato Murasaki (Bireme-Opas-OMS) e foi coordenado por Paula Xavier (Vpeic-Fiocruz). De acordo com Verônica, a rede BVS não necessita reinventar nada. “Mas investir em conteúdo e apostar na informação como produto principal de qualidade que represente a produção científica do nosso país”, disse.

Pesquisa traça panorama da BVS-Brasil

bvs_8.jpgDurante o Fórum, a coordenadora da BVS/Icict/Fiocruz, Luciana Danielli de Araujo, apresentou os resultados de pesquisa realizada com 22 instâncias que traçou um panorama da Rede no Brasil.

A pesquisa mensurou aspectos como identificação, governança, estrutura tecnológica, operacionalização, cooperação e intercâmbio, conteúdos e gerenciamento das BVS. Os dados indicaram que a maior parte do público alvo das Bibliotecas Virtuais em Saúde é constituída por profissionais de saúde, 91% delas têm comitê consultivo e 77% comitê executivo, 91% têm comitê de governança, 48% estão hospedadas em servidor próprio e 68% utilizam o sistema operacional Linux.

Plano de Trabalho

O encontro também contou com uma discussão segmentada por quatro áreas temáticas: Governança da Rede BVS Brasil, Fomento da Rede, A História da Rede e Registro da Produção Científica e Técnica em Saúde Nacional.

bvs_10.jpgPara uma melhor governança da BVS Brasil, as BVS se comprometeram a adotar um plano de trabalho comum que seja orientador das ações que serão realizadas, desenvolver uma Matriz de responsabilidades da rede, adotar uma Secretaria Executiva rotativa, criar um comitê consultivo da rede BVS no Brasil para definir as linhas de ação e diretrizes de desenvolvimento da BVS, entre outros.

A fim de melhorar o fomento da rede, foram propostos, entre outros pontos, a normalização dos dados para evitar duplicações, a implantação de ações de fomento para se pleitear recurso com o Ministério da Saúde e outras agências de fomento, além da realização de mapeamento de editais e análise da possibilidade de desenvolver com o governo editais para o fortalecimento das BVS no Brasil.

Além disso, em relação às temáticas Publicações sobre a BVS Brasil e História da Rede, a proposta é publicar um livro que buscará recompor a trajetória da Rede BVS no Brasil, seus atores, principais questões, avanços, tensões e êxitos, bem como a edição de um número temático da Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde, do Icict/Fiocruz, dedicada exclusivamente ao tema da Rede BVS no Brasil.

sandra_infurna.jpgA experiência da BVS Integralidade

Na tarde da quinta-feira, durante uma mesa que fazia uma análise de cenários da Rede BVS no Brasil, a bibliotecária do Lappis, Sandra Infurna, compartilhou a experiência da BVS Integralidade com o grupo. Para Sandra, o grande diferencial da BVS Integralidade é o comprometimento com o uso da ferramenta e o trabalho dos bibliotecários para a disseminação da comunicação e informação em saúde, em especial, no recorte da temática Integralidade.

Sandra ressaltou que este 1º Fórum da Rede BVS foi resultado de várias reuniões virtuais e presenciais onde membros das diversas instâncias de BVS brasileiras reivindicaram a possibilidade desse encontro, para que fosse possível discutir e socializar experiências e buscar novas ideias que fortaleçam cada uma das BVS.

Em sua avaliação, o Fórum foi um sucesso. “Uma troca de experiências que deixou em  todas as BVS presentes a certeza de que juntas teremos condições de nos fortalecer”, disse.

Elysângela Dittz, coordenadora adjunta da BVS Integralidade, que também esteve no evento, concorda. “Cada BVS tem as suas particularidades, mas algumas iniciativas exitosas podem ser tomadas para serem reinventadas em outros contextos”, disse. “Pensando que as BVS devem funcionar em rede, o Fórum oferece uma importante oportunidade para o fortalecimento desta rede. É também um momento importante para rever as responsabilidades de cada um dos integrantes desta rede e pensar a direcionalidade dos investimentos que precisam ser feitos nos próximos dois anos”.

Para Elysângela, foi importante constatar que, alguns aspectos com os quais a BVS Integralidade tem se ocupado nos ultimos tempos deverão ser objetos de atenção dos participantes da Rede BVS nos próximos anos. Ela se refere a pensar como facilitar o acesso pelos usuários, ampliar a variedade de produtos disponíveis e investir na divulgação da BVS, por exemplo.
 
 

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