HOSPITAL SOFIA FELDMAN

Trabalho em equipe foi destaque no segundo dia de seminário em BH

seminario_sofia_21.jpg“É fundamental que gestores e trabalhadores reconheçam seus papéis e entendam o usuário como centro do cuidado”. A afirmação é de Fátima Ticianel nas suas reflexões sobre as experiências locais das Incubadoras da Integralidade na perspectiva da formação e do trabalho em equipe. A pesquisadora, do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Mato Grosso, participou de mesa redonda no segundo dia do “I Seminário Nacional Incubadora da Integralidade” e  “III Seminário do Programa Incubadora da Integralidade do Hospital Sofia Feldman”, em Belo Horizonte.

A mesa foi composta também por Juliana Lofego (Universidade Federal do Acre), Bárbara Cabral (Colegiado de Psicologia da Universidade do Vale do São Francisco/ Incubadora LAPPIS-Vale) e Glória Coelho (Colegiado de Enfermagem da Universidade do Vale do São Francisco/ Incubadora LAPPIS-Vale). O Seminário prossegue até quinta-feira, 27.

“Alegre por estar aqui, muito por conhecer o Sofia, que tem sido importante na formação do profissional para a implantação da rede de cuidados à gestente e ao recém-nascido em Cuiabá.  Temos a integralidade como eixo de nossas práticas, como um pilar de construção de um sistema sem muros”. Para Fátima, deve haver uma  aproximação entre coordenação, integralidade e comunicação, para a melhora dos processos de trabalho. “Percebemos que não havia um entendimento de que o centro do cuidado é o usuário”.

seminario_sofia_17.jpgA pesquisadora relatou a sua experiência com a formação de tutores que propiciou a expansão da Incubadora para o Rio de Janeiro e Rio Branco. "Reconhecemos a importância do papel da Incubadora, com uma agenda permanente, gestão compartilhada, reflexão e transformação”. Fátima afirmou que está indo embora com uma visão da Integralidade mais consolidada: “É um aprendizado, uma troca muito importante. Dá novas ideias e ânimo para avançar”.

A pesquisadora contou que já conhecia o Sofia de longe: ”Vim conhecer ao vivo. É o que eu imaginava; um trabalho extremamente importante, que valoriza a dignidade do ser humano. As mulheres encontram aqui um lar, como se estivessem em sua própria casa, elas podem ser elas mesmas”.

Juliana Lofego, da Universidade Federal do Acre, disse que eles têm, no estado, um Núcleo de Pesquisa, que já atua como incubadora de projetos. “Estamos no momento de sistematizar nossas práticas e avançar. Já temos residência médica e multiprofissional”.  Bárbara Cabral falou sobre a experiência da Incubadora da Integralidade do Vale do São Francisco, fazendo também uma reflexão sobre a formação e o trabalho em equipe. Segundo ela, há uma pesquisa em andamento que integra residentes, trabalhadores e gestores do SUS de Juazeiro. “Estamos preparando um livro sobre a experiência do SUS na cidade”.

SEM LUXO E DIGNO

Júlio Muller, do Instituto de Saúde Coletiva – UFMT, abriu os trabalhos da tarde, abordando o tema Reflexões sobre as experiências locais das Incubadoras da Integralidade na perspectiva da gestão. “A Incubadora tem três diretrizes: 1º: Fortalecimento da gestão municipal de saúde, aspecto tecno/gerencial; 2º Fortalecimento dos movimentos sociais e participação na saúde em geral; 3º Estudo da gestão dos processos de trabalho no sentido de fortalecer a participação dos trabalhadores do SUS na construção do sistema. Informou que o Instituto realizou um curso presencial do SUS nos municípios do Mato Grosso, com 80 horas/aula, voltado para gerentes, técnicos e conselheiros municipais. Depois de conhecer as dependências do Hospital Sofia Feldman, deu a sua opinião: “Gostei muito, um importante eixo de um trabalho centrado no usuário. Um trabalho digno. Um fazer saúde sem luxo e sem frescura”, brincou.

OLHOS PARA O TRABALHADOR

Eufrásia Santos Cadorim, coordenadora do Departamento de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco, Acre, compôs a mesa redonda à tarde, “Reflexões sobre as experiências locais das Incubadoras da Integralidade na perspectiva da gestão”. Para ela, a principal aposta da Incubadora do Acre é a promoção de reflexão sobre a prática, com olhos voltados para o trabalhador, o gestor e o usuário, no Curso de Desenvolvimento Gerencial do SUS.

seminario_sofia_16.jpgA enfermeira sanitarista, Geandry Peres, diretora da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro, da Bahia, disse que a Incubadora LAPPIS-VALE,  “é a caçulinha da turma. Identificamos na Incubadora a possibilidade de fomentar conhecimentos, fazendo refletir sobre nossa prática e retornar para a comunidade”. Ela quer reunir o grupo, formado por profissionais, residentes e gestores e criar um espaço para articulação da integração entre o ensino e serviço”.

Ela também falou sobre o Sofia: “O que eu tirei daqui se resume em uma frase `O  pouco que a gente tem, a gente pode fazer muito mais e melhor`. No Sofia, a assistência é pautada na tecnologia leve, sem tecnologias de ponta, a prática está focalizada no zelo em tudo que se faz, na preocupação com os detalhes. Observei isto em minha visita, a preocupação na valorização do cuidado da mulher e da criança e do trabalhador com o usuário”.

ESPECIALIZANDOS DA NEO

seminario_sofia_15.jpgOs especializandos da Neonatologia, que participam do Seminário, declararam que estão entendendo melhor os seus papéis dentro da instituição, percebendo que fazem parte da Incubadora da Integralidade. Angelita Pimentel disse que compreendeu que seu papel é colocar em prática o objetivo da instituição, a humanização da assistência: “Tratar o outro ser como a gente quer ser tratada. Mudar o olhar, sair do nosso foco e passar a ver o entorno”, disse. Claudinéia Leal destacou: “Integralidade eu entendo como meta. Cabe a cada um ir atrás desta meta, conquistando e ampliando valores”.

PROGRAMAÇÃO DE QUINTA-FEIRA, 27

9h – O Hospital Sofia Feldman como cenário para produção de conhecimento e reflexões sobre cuidado em saúde
Moderadora: Dra. Erika da Silva Dittz

"A asssistência ao trabalho de parto e parto: comparação entre o modelo colaborativo e o tradicional"
• Sibylle Vogt – Enfermeira Obstetra do HSF, Doutoranda em Saúde da Mulher e da Criança/ IFF/FIOCRUZ

"A Continuidade do cuidado às crianças em condição crônica: desafios e possibilidades para a integralidade do cuidado"
• Dra. Elysângela Dittz Duarte – Professora da Escola de Enfermagem/UFMG

"Contato precoce pele a pele: Repercussões no estresse materno e na interação mãe-filho"
• Vivian M. G. Azevedo, Coordenadora da Equipe de Fisioterapia/HSF, Doutoranda em Ciências da Saúde da FM/UFMG

"Casa da Gestante: Repercussões na saúde materna e perinatal"
• Mestranda Juliana Vieira – Enf. Obstetra Hospital Sofia Feldman

12h – Encerramento

14h – Sessão restrita aos integrantes das Incubadoras de Integralidade
Coordenação: Profa. Dra. Roseni Pinheiro
Local: Sala de aula

Fonte: Assessoria de Imprensa do Hospital Sofia Feldman

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