No último dia 16 de maio, o LAPPIS realizou o evento “Intervenções da Homeopatia na Saúde Pública”. Fruto de uma parceria com a ONG Ação Pelo Semelhante e a PUC-Rio, o encontro discutiu protocolos para investigar a efetividade de medicamentos homeopáticos na prevenção da dengue e proposta de atuação no Programa de Práticas Integrativas e Complementares.
Em parceria com a ONG Ação Pelo Semelhante e a PUC-Rio, o LAPPIS promoveu, no último dia 16 de maio, o evento Intervenções da Homeopatia na Saúde Pública. Na ocasião, especialistas da área debateram sobre protocolos para investigar a efetividade de medicamentos homeopáticos na prevenção da Dengue e, também, a proposta de atuação do Programa de Práticas Integrativas e Complementares da Secretaria Municipal de Saúde.
O encontro contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde; da Secretaria Estadual de Saúde do RJ, Secretaria Municipal de Saúde de Macaé; Secretaria Municipal de Saúde do RJ/ Programa Práticas Integrativas e Programa Atenção Básica, da FIOCRUZ, Associação Médica Homeopática Brasileira, Associação Médica Homeopática do RJ, UERJ, UNIRIO, PUC-Rio; Ação Pelo Semelhante, Federação Brasileira de Homeopatia; e Instituto de Homeopatia James Tyler Kent.
Na primeira etapa dos trabalhos, a representante do Ministério da Saúde, Carmem de Simoni, levantou a questão sobre a importância de um protocolo de pesquisa que atenda as exigências da comunidade científica. Ressaltou que ensaios de São José do Rio Preto (SP) e Macaé (RJ), embora tenham trazido evidências muito fortes de efetividade, não são suficientes para abalizar uma orientação de apoio a esta modalidade de intervenção por parte do Ministério da Saúde. Este ponto de vista foi referendado pelo Epidemiologista André Perisse da Fiocruz, após estudar o trabalho e ouvir a exposição de Laila Nunes, que apresentou uma análise dos resultados alcançados em Macaé.
O consenso do painel foi alcançado com a exposição do protocolo de ensaio clínico controlado, duplo-cego e randomizado, apresentado por Ademar Valadares Fonseca, desenvolvido pela Ação Pelo Semelhante como resultado das experiências de campo durante a epidemia de 2008, no Rio de Janeiro.
Outro ponto consensuado foi proposto pelo representante do Curso de Pós-graduação em Homeopatia da PUC-Rio, Jorge Biolchini, que apontou para a necessidade de se consolidar um grupo de trabalho permanente sobre o Tema Homeopatia em Epidemias e outras Intervenções de Saúde Pública, composta pelas instâncias presentes e outras que vierem a se agregar. O propósito deste Grupo de Trabalho será garantir uma interlocução permanente para o Ministério da Saúde e outros entes públicos, que lhe faculte o acesso a respostas fiáveis sobre o campo homeopático, aptas a desenvolver soluções que viabilizem a implementação das diretrizes previstas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares.
A segunda etapa do evento constitui-se na exposição das linhas de ação do Programa de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde, onde prevaleceu o interesse na construção de um campo de diálogo, de modo a identificar pontos de convergências e possibilidades de sinergismos entre o ente público e as instituições homeopáticas do município, oferecendo oportunidade para inovações e experiências na integralidade da atenção.
A coordenadora do LAPPIS, Roseni Pinheiro, informa que nos dias 15 e 16 de junho, durante o simpósio sobre a Efetivação do Direito, o Laboratório estará coletando assinaturas de apoio à PPIN.
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