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Documentário sobre a experiência de atenção à saúde mental em Paracambi está previsto para novembro

Em entrevista exclusiva, a sub-reitora de Extensão e Cultura Regina Henriques comenta  natureza desta iniciativa e a importância de produzir o documentário.

altO documentário sobre a questão da saúde mental em Paracambi, previsto para ser lançado em novembro, nasceu de uma experiência anterior dos pesquisadores do LAPPIS no campo do audiovisual. Em 2005, foi produzido o documentário “Vozes da Integralidade”, um média-metragem realizado a partir das experiências vividas durante a pesquisa ENSINASUS. “Nessa produção, nós voltamos aos lugares, ao campo da pesquisa, entrevistamos as pessoas novamente. Conseguimos um material ainda mais extenso, que se desdobrou numa exposição de fotos (Olhares da Integralidade), garantindo um acervo que futuramente poderá gerar outras produções”, conta Regina Henriques, pesquisadora do LAPPIS e atual Sub-reitora de Extensão e Cultura da UERJ. “Desta forma, percebemos que, voltando ao lugar de origem da pesquisa, conseguimos compreender melhor aquilo que estávamos realmente buscando de informação e, assim, aprofundar mais a reflexão”.

 

Um outro projeto de pesquisaque o LAPPIS vem desenvolvendo é na área da atenção à saúde mental, com foco na desistitucionalização. A coordenadora do LAPPIS Roseni Pinheiro aposta nessa produção como ferramenta de pesquisa e mobilização social, como explica: “a idéia de se produzir um documentário que abordasse o assunto em questão decorre de nossa experiência anterior na área do ensino, que considero muito positiva. Conseguimos ter falas de usuários, estudantes, docentes, gestores profissionais sobre o cotidiano do ensino, com seus obstáculos, desafios e avanços. Aliás, depois que lançamos esse documentário, tenho observado com muita freqüência, em diferentes projetos, os pesquisadores utilizarem documentário ou produções visuais como um dos produtos a serem gerados. Fico contente com isso. Agora nesse é um outro desafio, pois vamos produzir um documentário na perspectiva do usuário a partir da história de Paracambi, que entendo se constitui como uma tarefa civil para nós da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, afinal é um  município do nosso estado com uma experiência importante para a luta antimanicomial no”. país”.
 
A história do hospital, que era chamado no município de “hospício”, se configura como um material muito interessante para fonte de novas informações, resgate da memória do lugar, e das mudanças nas políticas públicas relacionadas à saúde mental. A Profª. Regina Henriques afirmou que, acumulando as funções de Sub-Reitora de Extensão e Cultura da UERJ e pesquisadora do LAPPIS, vai em aliar as experiências do grupo com os espaços institucionais que a universidade possui, como o Centro de Tecnologia Educacional – CTE, que tem por vocação produzir novos elementos, linguagem e ferramentas para a difusão do conhecimento no uso didático-pedagógico e os cursos de graduação e pós-graduação – para contribuir com a produção do documentário. O CTE conta com uma equipe de trabalho composta por cinegrafistas, jornalistas, roteiristas, produtores e diretores que podem favorecer na produção deste documentário, aliados ao trabalho dos pesquisadores do LAPPIS.

              
O material, além de atender uma demanda do LAPPIS, não ficará restrito ao uso dos pesquisadores de Saúde Mental, podendo ser usado em qualquer setor pela universidade. “A linguagem do documentário é muito interessante para a difusão desse conhecimento que é produzido, porque ele o transforma em uma linguagem de fácil assimilação”, comenta Henriques.
 
Esta produção ficará como acervo do LAPPIS não apenas para eventos internos, mas também da universidade. Existe ainda a possibilidade de exibi-lo em outras Instituições com um  acordo entre SR-3, CTE e LAPPIS, o que poderá despertar interesse para outras linhas de pesquisa. Em breve, o acervo em DVD e VHS será passado para digital com o intuito de tornar acessível a todos pela Internet. 
 
Segundo a sub-reitora, uma outra questão importante deste documentário é futuramente despertar soluções e discussões a respeito dos graves problemas na saúde mental. “É importante para os profissionais que não atuam diretamente com a área da saúde ficarem cientes quanto ao acompanhamento de pacientes que sofrem de problemas mentais. Trata-se uma questão nacional, uma realidade”. 

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