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Direito e política no centro da cena

SIMPOSIO_PUC_cobertura.jpgO auditório da Faculdade de Direito da PUC-Rio estava lotado de jovens estudantes e renomados pesquisadores, na manhã desta terça-feira. O segundo dia do Colóquio Internacional “Política Radical e Direito” foi aberto com a mesa de debate “Política emancipatória”, que colocou em cena questões sobre política, direito, memória, justiça pós-normativa e democracia. “É um momento de refletir sobre os novos atores políticos que se colocam nesse momento efervescente”, disse Bethania Assy, professora da PUC e da UERJ e integrante da rede Lappis, uma das organizadoras do evento.
 
Na mesa, uma releitura de conceitos desde Marx e Hegel até os atuais Giorgio Agamben e Slavoj Zizek deram o tom da conversa. Miroslav Milovic (UNB) revisitou Antonio Negri e as questões sobre política e imanência. Sebastian Torres (Universidad de Córdoba) provocou um debate em torno do direito e da democracia, a partir da memória. Maria Aristodemou (Birkbeck – University of London) trouxe o tema controverso da “Política do Ateísmo”. E Florian Hoffmann (Universitat Erfut) e Bethania Assy (PUC-Rio) fizeram uma dobradinha para percorrer os caminhos da teoria da justiça pós-normativa.
 
Para Bethania, o desafio de um direito pós-normativo está em pensar o papel da justiça a partir da experiência concreta da injustiça. “Precisamos discutir alternativas e,  nesse sentido, recuperar a narrativa testemunhal como categoria epistemológica que rompe com a narrativa linear do direito pode ser uma possibilidade”, disse durante sua apresentação.
 
De um modo geral, todas as mesas do Colóquio tratavam de uma revisão de conceitos em torno da questão da emancipação e dos sujeitos, tomando como ponto de partida os últimos acontecimentos mundiais. Dessa forma, estiveram em foco os estudos pós-coloniais e a práxis radical; poder constituinte; teoria crítica latino-americana e governança social; insurreição política e o direito de resistir; subjetividade, genealogia e direito. “Estamos trazendo para a reflexão essa tensão existente entre direito e política”, pontuou Bethania.
 
Abaixo-assinado
 
Durante o Colóquio, circulou um abaixo-assinado em defesa do jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, do Jornal Pessoal, que vem sofrendo uma perseguição política por conta do seu trabalho de investigação e denúncia contra ações ilegais na Região Norte do País. Ontem, a TV Brasil exibiu uma entrevista de Alberto Dines com Lúcio Flávio Pinto, no Observatório da Imprensa, que expunha a força do jornalismo regional e o trabalho do jornalista que conseguiu denunciar um enorme esquema de grilagem de terras em sua região. Para saber mais sobre a campanha em defesa do jornalista ou assinar o abaixo-assinado, acesse http://somostodoslucioflaviopinto.wordpress.com/
 

 
 
 

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