Organização convoca todos para a construção de uma memória coletiva em defesa intransigente dos direitos sociais.
Estamos vivenciando um momento crucial no país, em que contrastam a fragilização e a afirmação da nossa jovem democracia, o que exige nos posicionarmos, epistemologicamente, no cotidiano de nossas ações, sejam elas nas atividades tanto de formação, como na pesquisa e na extensão. O imperativo categórico ético-politico que nos orienta é a defesa intransigente do SUS e seus princípios e da garantia de todos direitos sociais, diante dos retrocessos nas conquistas sócio-sanitárias que vivenciamos.
+ Leia a Carta Política convocatória na íntegra
Imbuídos desse posicionamento é que estamos organizando 7 º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, com o tema Pensamento Crítico, emancipação e alteridade: agir em saúde na (a)diversidade, a ser realizado em outubro deste ano, na Universidade Federal do Mato Grosso, coração do centro-oeste do nosso Brasil, e em meio ao contexto atual se apresenta de forma dramática, desvelando uma (ou mais) crise(s) política(s) e econômica(s) do nosso país, com repercussões na construção deste evento. Em tal contexto nacional, mais do que nunca é fundamental a reafirmação incondicional da perspectiva emancipatória, levada a cabo por sujeitos coletivos que se constroem dialeticamente na diversidade, adversidade e alteridade, autênticos protagonistas que, no exercício de sua práxis de autonomia, são capazes de refletir, resistir e transformar o mundo.
Nesse sentido, torna-se fundamental não esmorecermos na nossa luta de solidariedade do conhecimento que se afirma em uma de suas frentes e que se materializa na construção deste congresso, tarefa civil e política de nossa associação histórica, a Abrasco.
Desta forma, convocamos todos os atores e atrizes da Saúde Coletiva, que participe ou contribua na construção de um conhecimento emancipatório, que acolha produção e experiências de conhecimento em saúde, desde o Oiapoque ao Chuí desse país, cuja afirmação epistêmica se faz na defesa da diversidade, do pensamento critico, da emancipação e da alteridade, dessa construção. Logo, os pesquisadores docentes, discentes, trabalhadores da saúde, assim como os movimentos sociais, carecem se posicionar como co-responsaveis de uma produção cotidiana de uma teoria viva em Saúde Coletiva. Trata-se da ciência co-produzida feita de forma engajada e implicada com os impulsos democráticos que se presentificam em cada território de nosso pais na busca de cuidado de saúde.
O 7º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde organiza o Ato Público em Defesa da Democracia e dos Direitos sociais pelo SUS e convida, desde já, a todos e todas a participarem da produção dessa memória e da força motriz na Saúde Coletiva, cuja Ciências Humanas e Sociais se posicionam na direção de impulsionar a luta em defesa do SUS, da laicidade do Estado de direito no Brasil e pela ênfase necessária, e mais do que oportuna, de reafirmar nosso compromisso com a comunicação pública do conhecimento em Saúde Coletiva.
Ato Público em Defesa da Democracia e dos Direitos Sociais pelo SUS
Data: 11 de outubro de 2016
Horário: 18:30h
Local: Saguão do Teatro da UFMT – Cuiabá
Seja o primeiro a comentar