Final de convênio, 10 turmas formadas no Curso de Desenvolvimento Gerencial para o SUS (CDG-SUS) em Rio Branco – Acre, um ano após o início das atividades. Cerca de 250 pessoas, entre profissionais de saúde, usuários, conselheiros de saúde e gestores participaram dessa primeira etapa de investimento na reorganização do sistema de saúde local. Na última semana, foram finalizadas as duas últimas turmas planejadas.
O coordenador do curso no Acre, professor da Universidade Federal do Acre Rodrigo Silveira acredita que este foi um momento importante de troca, em um espaço privilegiado para conversar e ouvir as pessoas. "O CDG-SUS não é só um curso, é um movimento que chegou a 10 turmas. A gente se motiva com essas trocas, que são capazes de dar novos impulsos ao SUS".
A criação de espaços de discussão como esses são fundamentais na saúde, segundo a opinião da tutora do CDG-SUS Érica Faria, servidora da Semsa no Departamento de Assistência à Saúde, área de Hipertensão e Diabetes. "Temos recebido depoimentos interessantes de como pessoas já melhoraram problemas em seus locais de trabalho depois do curso", diz ela, feliz por ter participado do curso, por contribuir e aprender com todos com quem conviveu.
O convênio foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) de Rio Branco em parceria com o Laboratório de Pesquisas de Integralidade em Saúde – Lappis (IMS/UERJ) e o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Mato Grosso. Desde a primeira reunião em outubro de 2011, o núcleo gestor local desenvolveu o projeto com o empenho dos tutores, dos apoiadores, do Conselho Municipal de Saúde e do Secretário Municipal de Saúde, Osvaldo Leal, e sua equipe.
Próximas etapas
Os tutores e participantes pensam com expectativa na fase pós curso. Para Érica, uma tarefa é manter as redes mobilizadas e dar continuidade ao trabalho. Entre as atividades previstas estão a avaliação final com a entrega dos certificados aos participantes e o acompanhamento das propostas de intervenção. E a torcida pela possibilidade de continuar oferecendo o curso a mais pessoas nos próximos anos.
Acompanhando com interesse e proximidade o desenvolvimento do SUS em vários anos de serviço público, Tadeuma Araújo, cirurgiã dentista do Programa de Saúde da Família no bairro Mocinha Magalhães e participante do curso, diz que aprendeu muito com as experiências dos agentes comunitários de saúde presentes. Para ela, as redes e os contatos formados servem para melhorar as ações em saúde.
Ela fica apreensiva com o que irá acontecer na prática, nas unidades, ainda que tenha uma proposta para sua ação. "Pretendo transformar as redes explicativas, nas reuniões de planejamento, em algo mais simples e aplicar junto à comunidade. Montar rodas de conversa, propor junto, de forma que eles compreendam e se apoderem dos seus direitos".
As propostas de resolução de problemas locais, realizadas pelos participantes na forma de redes explicativas, foram pactuadas ao final de cada turma pelo Secretário Osvaldo Leal a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Elisama Lima, e um(a) representante da turma.
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