Pesquisador do Lappis defende dissertação sobre o tema
A Extensão Universitária como espaço de possibilidades para a formação e a prática médicas. Esse foi o tema da pesquisa de mestrado do médico e pesquisador do Lappis Bruno Stelet, cuja defesa de dissertação aconteceu no último dia 17, no Instituto de Medicina Social da UERJ.
Nesse estudo, intitulado "Sobre repercussões de atividades extensionistas na construção de valores e virtudes durante a formação em medicina", Bruno utilizou o referencial teórico da filosofia política de Hannah Arendt e produziu nexos com o campo da Saúde Coletiva.
“Esse foi um grande desafio epistemológico”, acrescentou o pesquisador, que partiu de narrativas de estudantes de medicina e de médicos formados pela Faculdade de Ciências Médicas-UERJ. “Assim, foi possível valorizar a experiência em atividades extensionistas como substância para o desenvolvimento do cuidado integral enquanto virtude”, afirmou.
A banca – composta pelos professores Lilia Schraiber (USP), Lilian Koifman (UFF) e Martinho Braga (IMS-UERJ), além da orientadora da pesquisa, Roseni Pinheiro (IMS-UERJ) – fez questão de reafirmar a importância do tema para o campo da saúde coletiva.
Bruno disse ainda que foi interessante notar uma pluralidade de perspectivas sobre as práticas extensionistas dentro da instituição, caso das Ligas Acadêmicas, projetos comunitários, projetos dentro do HUPE, mas também projetos assistencialistas e pontuais. “Tudo compondo um complexo painel que possibilitou compreender que a extensão em medicina varia desde sua nuance mais voluntarista-assistencial até a institucional-acadêmica”.
Médico e pesquisador da Saúde Coletiva, Bruno se disse feliz por poder colocar a Extensão Universitária no campo de visibilidade acadêmica. “E por poder compreender melhor sua potência para o processo formativo de profissionais da saúde mais virtuosos em termos de cuidado”, concluiu.
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