O Mapeamento da atuação dos apoiadores e a Convocatória para relato de experiências foram lançados durante Simpósio que ocorreu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), no final de março. Eles fazem parte da pesquisa “Áreas Programáticas e direito à saúde: construção da integralidade no contexto do apoio institucional”, uma parceria Lappis-Dapes/MS, que vem sendo construída coletivamente.
Desde outubro do ano passado, o Lappis e o DAPES promoveram uma série de oficinas e encontros que ajudaram a trilhar os caminhos e propiciaram uma reflexão instigante sobre os eixos analíticos da Pesquisa e os desafios e potencialidades da função apoio para o SUS.
Em outubro, os pesquisadores reuniram-se no Hotel Novo Mundo, no Rio de Janeiro, com apoiadores de Rio Branco (AC), Salvador (BA), Campinas (SP), Vitória (ES), Juazeiro (BA), Cariacica (ES) e Palmeira das Missões (RS) que compartilharam experiências sobre o cotidiano da função apoio em seus respectivos territórios.
Essa Oficina desdobrou-se em um segundo momento, ainda em outubro, para operacionalização do plano de trabalho do projeto e integração do Lappis com o DAPES e coordenadores das áreas implicadas pelo Projeto Ações Estratégicas para o Fortalecimento das Redes de Atenção à Saúde no SUS. Gustavo Nunes, da PNH, participou desse encontro e fez questão de ressaltar a importância do papel do apoiador e da Pesquisa para as políticas de humanização.
“Onde houver processos mais verticalizados e falta de aposta na autonomia das pessoas, nós vamos ter banalização do sofrimento”, disse Gustavo, na ocasião. “Essas oficinas trazem uma potência enorme para que a gente tenha sucesso na convocatória pra essa pesquisa de trazer experiências efetivamente plurais”.
Além do coordenador da PNH, participaram dessa segunda oficina, outros representantes do Ministério da Saúde como Vera Mendes (Coordenador de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência), Taciane Monteiro (da Coordenadoria de Saúde Mental) e Gilvani Grangeiro (da Coordenadoria de Saúde Infantil).
Ao reunir pesquisadores e especialistas de diferentes instituições, assim como estabelecer parcerias institucionais voltadas para a pesquisa, ensino e extensão, o Lappis reforça o compromisso de pensar a saúde, fortalecendo assim a rede de produção de conhecimento sobre direito à saúde que já se firma com um calendário de ações para os próximos anos.
A agenda de oficinas metodológicas do Lappis continuou ainda em novembro, entre os dias 16 e 18. Dessa vez, o encontro contou com a participação do pesquisador Paulo Henrique Martins, presidente da Associação Latinoamericana de Sociologia (ALAS). Durante todo o encontro, os pesquisadores discutiram noções de mobilização em rede e construção do coletivo, cidadania e movimentos sociais, mediação e participação.
O ponto de partida foi a leitura do texto "Redes Sociales: un nuevo paradigma en el horizonte sociologico", de autoria de Paulo Henrique Martins. Para a coordenadora do Lappis e coordenadora geral da Pesquisa, Roseni Pinheiro, a oficina permitiu pensar as redes de saúde diante de uma perspectiva de combate à mercantilização crescente. "E ainda analisar como isso influencia ou mesmo atravessa as práticas do apoio institucional e como repercute na forma como as redes de serviço de saúde se organizam", completou.
Em janeiro, uma quarta oficina de construção coletiva da pesquisa reuniu mais de 30 participantes do Brasil inteiro para os últimos testes e ajustes em torno da elaboração da Convocatória.
No final de março, durante Simpósio que reuniu dezenas de estudantes, apoiadores, pesquisadores e representantes do Ministério da Saúde na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foram lançados oficialmente o quastionário para mapeamento de atuação dos apoiadores e a Convocatória para relatos de experiências de apoio.
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