O 6º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde pretendia, já no tema, promover Circulação e diálogo entre saberes e práticas no campo da Saúde Coletiva. Da circulação e dos diálogos travados em palestras, mesas redondas e grandes debates na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), entre 13 e 17 de novembro, o que emergiu foi a necessidade de recolocar os sujeitos no centro de políticas, pesquisas e ações de saúde. Para além de metodologias, estatísticas, ferramentas teóricas, planos de governo e metas do milênio, os 1,6 mil participantes do congresso buscaram resgatar o aspecto humano da ciência e da saúde. Esse entendimento já começaria a se difundir na abertura do evento, quando a vice-presidente do congresso, Roseni Pinheiro, propôs pensar compartilhadamente a ciência como empreendimento humano e a saúde como um direito dos homens. No mesmo tom, a presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza, falou da urgência de os sanitaristas se mobilizarem para alcançar a saúde que os brasileiros querem e precisam. “Somos militantes, mas cada um no seu lugar, e nem sempre vencedores da grande luta que é afirmar o SUS nos preceitos da Reforma Sanitária, como direito humano. |
Participamos de simpósios, congressos, mas outros atores, com outros interesses, é que têm o poder de definir a agenda da saúde”, observou. O presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha, indicou que as ciências sociais e humanas são, justamente, o espaço privilegiado para articular visões tão diversas da saúde: “São capazes de alargar campos e objetos de estudo, de modo a conseguir responder às demandas de cada conjuntura”. |
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