A mesa-redonda “Humanização e Educação Permanente no SUS: itinerários formativos do agir ético-político no cuidado na saúde”, que acontece durante o XII Seminário da Integralidade, em agosto, no Acre, vai reunir Ana Heckert (Psicologia/UFES), Luciana Lustosa (SMS/Juazeiro), Julio Müller (ISC/UFMT), Douglas Angel (SMS/Rio Branco) e Ana Auller (Lappis-IMS/UERJ). Confira a entrevista que pesquisadora Ana Auler (foto) concedeu ao BoletIN sobre o assunto.
BoletIN – O tema do XII Seminário de Integralidade gira em torno da Integralidade sem fronteiras: itinerários formativos, de justiça e de gestão na busca por cuidado. Como você vê a importância desse debate para as práticas de saúde coletiva e a elaboração de políticas públicas de saúde?
Ana Auler – O tema por si só já aborda três ideias-chave: formação, justiça e cuidado. Estas ideias são essenciais para as políticas públicas de saúde e para as práticas do SUS. Trocar experiências e debater sem perder o foco nestes temas é essencial para não se deixar perder os princípios do SUS que, muitas vezes, parecem esquecidos.
BoletIN – Durante o Seminário, você vai estar presente na mesa de debates: “Humanização e Educação Permanente no SUS: itinerários formativos do agir ético-político no cuidado na saúde”. Como o tema da humanização e do cuidado vem sendo exercitado no nosso Sistema Único de Saúde?
Ana Auler – Como meu tema é a gestão, relaciono a pergunta a ele. A prática gerencial no SUS, pode-se dizer, não possui a centralidade no usuário e ainda não incorpora os princípios do SUS. Faz-se premente, portanto, a discussão sobre o agir gerencial no sentido de construir espaços de práticas humanizadas, capazes de ofertar um cuidado que atenda as necessidades do usuário, através não somente de tratamento digno, respeitoso com qualidade, mas oferecendo cenários de ensino-aprendizagem para educação permanente em saúde, da qual não devem prescindir os próprios gerentes das unidades.
BoletIN -. Nesse sentido, como essa discussão que vai acontecer durante o XII Seminário pode contribuir?
Ana Auler – De certa forma, pode-se dizer que minha abordagem foge à maneira mais freqüente e convencional com que o tema da gestão vem sendo tratado. Estabelecer conexões entre trabalho gerencial e a centralidade no usuário é o desafio a que me proponho nesta mesa, passando obrigatoriamente pelos temas da formação, humanização e do cuidado.
BoletIN – Para concluir, qual sua expectativa para o Seminário deste ano e como avalia esse encontro de profissionais, pesquisadores, gestores e estudantes em saúde que vem acontecendo ao longo dos últimos 11 anos?
Ana Auler – As expectativas são as melhores possíveis, principalmente se considerarmos a oportunidade de um encontro desta natureza na região norte. Este encontro tem a marca do Lappis que sempre buscou estar próximo das práticas e, propriamente, dos serviços de saúde, resguardando suas especificidades e particularidades, valorizando e promovendo a riqueza da diversidade. Neste sentido a realização do seminário no Acre permite abordar as características específicas de uma região riquíssima em diversos aspectos. Não tem como dar errado.
Serviço:
XII Seminário do Projeto Integralidade
Data:14 a 17 de agosto de 2012
Local:Auditório doHospital das Clínicas do Acre – Rod BR 364 Km 2 – Rio Branco (AC)
Inscrições: https://www.lappis.org.br/site/inscricao.html
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