Felipe Asensi é um dos palestrantes confirmados no XII Seminário do Projeto Integralidade, em agosto, no Acre. O pesquisador do Lappis e coordenador do Programa de Capacitação em Práticas Judiciárias da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Rio) vai participar da mesa-redonda: “Cuidado, Direito e Multiculturalidade: os itinerários da justiça na busca por cuidado”. Para Felipe, direito e saúde são duas faces de uma mesma moeda no Brasil e por isso ele considera oportuno que o Lappis provoque um debate sobre o assunto.
Organizador do livro “Direito Sanitário” (editado pela Elsevier e Campus), juntamente com Roseni Pinheiro, coordenadora do Lappis, Felipe é um entusiasta dos Seminários da Integralidade. “Esses 11 anos de encontros talvez possam se resumir na ideia de ‘inovação’ que, apesar de sempre provisória quando se pensa em ciência, nos estimula à superação e a pensar em aprimoramentos acadêmicos, empíricos e profissionais”, diz ele. Nas edições passadas, o Seminário já trouxe para o centro das discussões desde as questões relacionadas à ética, à técnica e à formação até os debates sobre o trabalho em equipe sob o eixo da integralidade, passando por outros temas, sempre tomado pela idéia do cuidado.
Este ano, o Seminário da Integralidade vai a Rio Branco, capital do Acre, na fronteira do Brasil para discutir justamente o tema da “Integralidade sem fronteiras: itinerários formativos, de justiça e de gestão na busca por cuidado”. Felipe Asensi considera que, atualmente, boa parte dos desafios para a efetivação da saúde de todos passa pela articulação dos itinerários com os sistemas de justiça e a gestão. “Portanto, pensar esta triangulação é fundamental para despertar nos presentes a complexidade do princípio da integralidade, além de apontar para aportes teóricos e empíricos que sejam capazes de orientar novas práticas de cuidado em saúde”, acredita.
Coordenada por Roseni Pinheiro, a mesa da qual Felipe participa na manhã do dia 16 agosto vai discutir como a saúde pode possibilitar condições efetivas, “reais e palpáveis”, segundo Felipe, para a democratização permanente do Estado. Na opinião do pesquisador, o fato de direito e saúde serem faces de uma mesma moeda traz avanços democráticos significativos, de um lado, e uma forte responsabilidade pública dos gestores, profissionais de saúde, usuários e operadores do direito, de outro. “Podemos afirmar que o pleno exercício dos direitos é vital para qualquer democracia, a começar pelo direito à saúde”, acrescenta Felipe. Participam ainda da mesa redonda os pesquisadores Felipe Machado (IMS/UERJ), Bethania Assy (PUC-Rio e UERJ) e Pablo Francisco di Leo (Facultad de Ciências Sociales / UBA).
Felipe Asensi diz estar convencido que o debate sobre direito e saúde no Seminário da Integralidade este ano pode contribuir, pelo menos, de três maneiras: “teoricamente, despertando novos olhares e reflexões sobre a interseção entre direito e saúde; empiricamente, possibilitando novas formas e abordagens para compreender o direito vivo em saúde; e comportamentalmente, criando novos parâmetros ético-profissionais entre todos os envolvidos no processo de efetivação do direito à saúde”.
O BoletIN quer saber qual a expectativa dos participantes para o XII Seminário da Integralidade. Vejam o que pensa o pesquisador Felipe Asensi (foto):
“O Lappis tem a tradição de inovar em pesquisas, reflexões e também em eventos. Realizar o seminário no estado do Acre, discutindo com tantas pessoas que já nos leem e participam de nossas discussões, é um engrandecimento acadêmico e profissional. A tônica da troca de experiências é fundamental para este evento, e o Lappis está de parabéns por, mais uma vez, oferecer formas pioneiras de pensar a saúde em qualquer lugar do Brasil”.
Serviço:
XII Seminário do Projeto Integralidade.
Data: 14 a 17 de agosto de 2012
Horário: das 9h às 18h
Local: Auditório do Hospital das Clínicas do Acre – Rod BR 364 Km 2 – Rio Branco (AC)
Inscrições: em breve, estaremos divulgando aqui o link para as inscrições.
Confira a programação completa aqui.
Seja o primeiro a comentar