Publicado originalmente no site da UFMT.
“Nós temos uma dívida enorme para com os desassistidos”. Foi parafraseando Davi Capistrano que a doutora Roseni Pinheiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, encerrou sua fala na cerimônia de abertura do XIII Seminário Integralidade, ocorrido na manhã desta quinta-feira (15). Parte da programação do seminário está acontecendo no Hotel Fazenda Mato Grosso e outra no campus da Universidade Federal de Mato Grosso.
Uma das coordenadoras do evento, Pinheiro foi ovacionada com seu discurso em que criticou o atual modo de gestão da saúde, que torna os serviços precários ao terceirizar os as unidades de atendimento à população. Mato Grosso já foi referência do SUS em âmbito nacional, inclusive recebendo premiações, porém o cenário hoje é outro.
A manifestação da coordenadora foi contrária à do Secretário Municipal de Saúde de Cuiabá, Kamil Fares, que afirmou que a saúde pública municipal e estadual têm estrutura para assistir a todos, porém as pessoas preferem se tratar em casa, com meios alternativos.
Outro ponto levantado por Pinheiro e também pelo professor da UFMT e coordenador do evento, Júlio Muller Neto, foi a necessidade de os mais jovens no campo da saúde coletiva defenderem um SUS público, universal e de qualidade e assumirem responsabilidades para que eventos como esse possam continuar a existir.
A cerimônia de abertura também contou com pronunciamentos de outras autoridades presentes e com apresentação do Coral da UFMT.
Após a abertura, foram iniciados os trabalhos do dia com a mesa-redonda “(In)visibilidade social e a luta por reconhecimento de direito de ser: a produção do comum”.
Confira a programação do seminário nesta sexta-feira (16)
Dia 16 (Hotel Fazenda Mato Grosso)
9h – Mesa-redonda: Incubadoras da integralidade – Trabalho em equipe e educação permanente para o SUS.
14h – Mesa-redonda: Espaço público, atores e práticas participativas de mediação em rede no SUS.
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