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3° Sessão Coordenada do Pré-Colóquio Internacional Hannah Arendt: Relações intersubjetivas entre práticas e saberes na saúde, no direito e na educação

O segundo dia do I Pré-Colóquio Internacional Interdisciplinar Hannah Arendt aconteceu no dia 28 de novembro e reuniu diversos trabalhos científicos em sessões coordenadas simultâneas que foram realizadas de 10h às 12h.

A terceira sessão coordenada do I Pré-Colóquio Internacional Interdisciplinar Hannah Arendt, reuniu trabalhos científicos de alunos de diversas universidades de todo o país e contou com a coordenação da professora Silvia Tapia, da Universidade de Buenos Aires. Os debates giraram em torno do eixo: “Relações intersubjetivas entre práticas e saberes na saúde, no direito e na educação”.

A professora Aline Matias, foi a primeira a apresentar o resumo expandido que teve como tema: “A banalidade do mal e sua atualidade diante de chacinas cometidas por membros pertencentes à força estatal”. Conforme afirmou Aline Matias, “a expressão ‘banalidade do mal’, cunhada por Hannah Arendt na ocasião do julgamento de Adolf Eichmann, foi pensada quanto à sua pertinência e uso na abordagem contemporânea de ações clandestinas promovidas por agentes públicos denominadas chacinas”.

O segundo resumo expandido teve como tema: “Federalismo e Ação: contribuição na participação popular nos espaços decisórios”. Antônio Justino, que escreveu este trabalho junto com Denis Coitinho Silveira e Rita de Cássia, contou que “nas leituras de Hannah Arendt é possível perceber o marco que influencia o federalismo: a ação nas obras da filósofa é que motiva o federalismo”.

“O animal laborans, a deterioração da ação política e a descartabilidade do humano em Hannah Arendt” foi o tema do resumo expandido de Rogério Luís Seixas e Edson Santos Júnior.

“O objetivo do trabalho é discutir e analisar, a partir de uma interpretação da reflexão política de Hanna Arendt, a constituição e ascensão do animal laborans enquanto objeto de gestão política do corpo social. Abordamos também a condição de ser humano descartável, atribuída ao próprio homem moderno, transformando o exercício do poder em gestão do animal laborans”, Rogério Luís Seixas comentou sobre o resumo expandido.

O último resumo apresentado na mesa teve como tema: “A política brasileira sob o escrutínio arendtiano: novas configurações totalitárias e a confusão entre o político e o social”, das autoras Juliana de Barros e Rita de Cássia Freitas.

O trabalho de Juliana e Rita de Cássia pretende fazer uso de categorias arendtianas para ‘iluminar’ o atual contexto político brasileiro. “A intenção com esse trabalho é de compreender melhor o nosso contexto sociopolítico através das reflexões da autora sobre o declínio do espaço público e a ascensão da esfera do social, intencionando discutir as configurações do espaço político do país e como esse cenário resulta na emergência de certos elementos totalitários”, falou Juliana sobre o resumo expandido.

Para a coordenadora da Mesa, Silvia Tapia, foi bastante enriquecedor para todos os participantes que estavam presentes, “Todos os expositores trouxeram de uma maneira diferente a revisita de conceitos de Arendt, como: trabalho, ação, espacialidade, ideologia, liberdade, espaço público, banalidade do mal, federalismo, entre outros. Os expositores de hoje fizeram uma análise interessante para pensar nos conceitos básicos da proposta de Hannah Arendt”, finalizou Silvia.

Texto por Camila Spínola (Voluntária Lappis)